sábado, 30 de abril de 2011

A renovação planetária

A renovação planetária
Escrito por Ricardo Viana   


Chegamos a um momento da humanidade em que os valores morais e éticos gritam por socorro, a necessidade de um despertar de consciência nunca foi tão imperiosa como nesse momento.
O Brasil, como terra de culturas e crenças diversas, encontra-se numa espécie de confusão ideológica. Como uma verdadeira separação entre o “joio e o trigo”, vemos hoje avolumar-se uma grande quantidade de violência, insensatez, vícios em geral e muita falta de espiritualidade. Em contra partida, encontramos também um volume cada vez maior de pessoas buscando uma religião, atuando em serviços voluntários, meditando e preocupando-se com o seu país e com o mundo.
As menções sobre uma época de transformação são ditas desde as mais remotas religiões e seus profetas, passando por Jesus e mais recentemente na própria doutrina espírita. Muitos a consideram como o período do fim do mundo, para outros é uma grande oportunidade de vencer seus próprios obstáculos e conquistar algo que conscientemente não se sabe, mas sente que o momento é único.
Jesus preconiza uma época em que povos se levantarão contra povos, fome e pestes se alastrariam, mas não seria ainda o fim - segundo Jesus - o fim estaria próximo apenas quando a “Boa Nova” fosse ensinada para todos os povos. João através do Apocalipse nos revela uma espécie de luta entre o bem e o mau, na qual o vencedor ganhará a “Nova Jerusalém”. Os maias antigos, com o seu calendário lunar profetizam uma época de escuridão que será substituída por uma “Era de Ouro” a partir de 2012 da nossa época. Outros povos como os egípcios, sumérios e as antigas ordens esotéricas,  fazem menções sobre uma época de transformações e renovação planetária.
A idéia de fim do mundo ficou marcada devido ao conceito errado envolvendo o “inferno” e a pouca compreensão da vida futura. O homem ainda presume que a matéria é o fator principal do universo e a idéia de mudanças climáticas e geológicas dá uma dimensão de sofrimento inimaginável.
Na parte final do apocalipse, João vê Jesus e seus anjos vindo juntamente com a “Nova Jerusalém” para a felicidade dos que venceram a grande batalha narrada no seu texto.
Muitos “cristãos” acreditam que a Nova Jerusalém estaria no Reino dos Céus e os vencedores seriam retirados desta terra, mas muitos esquecem que João estava em espírito, ou seja, estava fora de seu corpo, viu tudo por outro Plano. Além do mais, o próprio nome “Nova Jerusalém” pressupõe uma Jerusalém (Planeta) renovada.

Renovação planetária
Se não fosse assim, como justificar a promessa de Jesus no sermão do monte em que os pacíficos herdariam a terra e por que após a boa nova estar difundida para todos, o mundo acabaria?
A doutrina espírita, através da Gênese, codificada por Kardec, dentre tantas outras fontes, nos dá a noção exata do período que estamos passando.
Kardec nos diz no capítulo XVIII: “...Esse duplo progresso se cumpre de duas maneiras: uma lenta, gradual e insensível; a outra por mudanças mais bruscas, a cada uma das quais se opera um movimento ascensional mais rápido, que marca, por caracteres nítidos, os períodos progressivos da Humanidade. Esses movimentos, subordinados nos detalhes ao livre-arbítrio dos homens, são de alguma sorte fatais em seu conjunto, porque estão submetidos a leis, como aquelas que se operam na germinação, no crescimento e na maturidade das plantas; é por isso que o movimento progressivo, algumas vezes, é parcial, quer dizer, limitado a uma raça ou a uma nação, de outras vezes geral. O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei; ora, como todas as leis da Natureza são obra eterna da sabedoria e da presciência divina, tudo o que é efeito dessas leis é o resultado da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Quando, pois, a Humanidade está madura para vencer um degrau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus são chegados...”.
De forma acertada Kardec relaciona e compara a atual fase de transformação do Planeta que está subordinada a leis, ao processo de germinação e progresso de uma planta, ou seja, o amadurecimento da Humanidade. Talvez por isso Jesus afirma que o fim chegaria precedido pelo conhecimento da “Boa Nova” por todos os povos.

A nova ordem social
Ele continua dizendo: “...A fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas não há fraternidade real, sólida e efetiva, se ela não se apóia sobre uma base inabalável; esta base é a FÉ...”.  Continua: “...Para que os homens sejam felizes sobre a Terra, é necessário que ela não seja povoada senão por bons Espíritos, encarnados e desencarnados... Tendo chegado esse tempo, uma grande imigração se cumprirá entre aqueles que a habitam; aqueles que fazem o mal pelo mal, e que o sentimento do bem não toca, não sendo mais dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque lhe trariam de novo a perturbação... Eles irão expiar o seu endurecimento, uns nos mundos inferiores, os outros entre raças terrestres atrasadas... Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinar, entre eles, a justiça, a paz, a fraternidade... A Terra não deve ser transformada por um cataclismo que aniquilaria subitamente uma geração, a atual desaparecerá gradualmente, e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas...” A afirmação de Jesus, de que os mansos herdarão a Terra se justifica nessa passagem do livro da Gênese. Kardec nos explica como o processo de renovação ocorrerá, de forma natural e gradual, como alias, já está acontecendo.
Kardec termina o capítulo com a seguinte advertência: “Os incrédulos rirão dessas coisas, e a tratarão por quimeras; mas digam o que disserem, eles não escaparão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, o que será deles? Eles dizem: Nada! Mas viverão a despeito de si mesmos, e serão, um dia, forçados a abrir os olhos.”.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 23.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O planeta Vênus

 (Ditado espontâneo. - Médium, Sr. Costel.)
O planeta Vênus é o ponto intermediário entre Mercúrio e Júpiter; seus habitantes têm a mesma conformação física que a vossa; o mais ou menos de beleza e de idealidade nas formas é a única diferença delineada entre os seres criados. A sutileza do ar, em Vênus, comparável à das altas montanhas, torna-o impróprio aos vossos pulmões; as doenças ali são ignoradas. Seus habitantes não se nutrem senão de frutas e de laticínios; ignoram o bárbaro costume de se nutrirem de cadáveres de animais, ferocidade que não existe senão nos planetas inferiores; em conseqüência, as grosseiras necessidades do corpo são destruídas, e o amor se enfeita de todas as paixões e de todas as perfeições apenas sonhadas sobre a Terra.
Como na madrugada onde as formas se revestem indecisas e alagadas nos vapores da manhã, a perfeição da alma, perto de ser completa, tem as ignorâncias e os desejos da infância feliz. A própria natureza reveste a graça da felicidade velada; suas formas flácidas e arredondadas não têm as violências e as asperezas dos panoramas terrestres; o mar, profundo e calmo, ignora a tempestade; as árvores não se curvam jamais sob o esforço da tempestade e o inverno não as despoja de sua verdura; nada é estridente; tudo ri, tudo é doce. Os costumes, cheios de quietude e de ternura, não têm necessidade de nenhuma repressão para ficarem puros e fortes.
A forma política reveste a expressão da família; cada tribo, ou aglomeração de indivíduos, tem seu chefe pela classe de idade. Ali a velhice é o apogeu da dignidade humana, porque ela aproxima do objetivo desejado; isenta de enfermidades e de fealdade, ela é calma e irradiante como uma bela tarde de outono.
A indústria terrestre, aplicada à pesquisa inquieta do bem-estar material, é simplificada e quase desaparece nas regiões superiores, onde não tem nenhuma razão de ser; as artes sublimes a substituem e adquirem um desenvolvimento e uma perfeição que os vossos sentidos espessos não podem imaginar.
As vestes são uniformes; grandes túnicas brancas envolvem com suas pregas harmoniosas o corpo, que não desnaturam. Tudo é fácil para esses seres que não desejam senão Deus e que, despojados dos interesses grosseiros, vivem simples e quase luminosos.
GEORGES.
(Perguntas sobre o ditado precedente; Sociedade de Paris; 27 de junho de 1862. Médium, Sr. Costel.)
1. Destes ao vosso médium predileto uma descrição do planeta Vênus, e estamos encantados de vê-la concordar com o que já nos foi dito, todavia, com menos de precisão. Pedimos consentir em completá-la, respondendo a algumas perguntas.
Quereis nos dizer, primeiro, como tendes conhecimento desse mundo? - R. Eu sou errante, mas inspirado por Espíritos superiores. Fui enviado em missão a Vênus.
2. Os habitantes da Terra podem ali estar encarnados diretamente saindo daqui? - R. Deixando a Terra, os seres mais avançados sofrem a erraticidade durante um tempo mais ou menos prolongado, que despoja inteiramente dos laços carnais, rompidos imperfeitamente pela morte.
Nota. -A questão não era saber se os habitantes da Terra podem ali estar encarnados imediatamente depois da morte, mais diretamente, quer dizer, sem passar por mundos intermediários. Ele respondeu que isso é possível para os mais avançados.
3. O estado de adiantamento dos habitantes de Vênus lhes permite lembrarem de sua estada nos mundos inferiores, e de estabelecerem uma comparação entre as duas situações? - R. Os homens olham para trás pelos olhos do pensamento, que reconstrói num único impulso ao passado desvanecido. Assim o Espírito avançado vê com a mesma rapidez que se move, rapidez mais fulminante que a da eletricidade, bela descoberta que se liga estreitamente à revelação do Espiritismo; ambos levam neles o progresso material e intelectual.
Nota. - Para estabelecer uma comparação, não é necessário saber que posição se ocupou pessoalmente; basta conhecer o estado material e moral dos mundos inferiores, pelos quais se teve que passar para apreciar-lhes a diferença. Segundo o que nos foi dito do planeta Marte, devemos nos felicitar por ali não estar mais; e, sem sair da Terra, basta considerar os povos bárbaros e ferozes e sabermos que tivemos que passar por esse estado, para nos sentir mais felizes. Não temos sobre os outros mundos senão notícias hipotéticas; mas pode que, naqueles que estão mais avançados do que nós, esse Conhecimento tenha um grau de certeza que não nos é dado.
4. A duração da vida ali é proporcionalmente mais longa ou mais curta do que sobre a Terra? - R. A encarnação, em Vênus, é infinitamente mais longa do que não o é a prova terrestre; despojada das violências humanas, detida e impregnada pela vivificante influência que a penetra, ensaia as asas que a levarão nos planetas gloriosos de Júpiter, ou outros semelhantes.
Nota. - Assim como já fizemos observar, a duração da vida corpórea parece ser proporcional ao adiantamento dos mundos. Deus, em sua bondade, quis abreviar a prova nos mundos inferiores. Por essa razão se junta uma causa física, é que, quanto mais os mundos são avançados, menos os corpos são usados para a devastação das paixões e das doenças que lhes são as conseqüências.
O caráter sob o qual pintais os habitantes de Vênus deve nos fazer supor que não há entre eles nem guerras, nem querelas, nem ódios, nem ciúmes? - R. Os homens não se tornam senão o que as palavras podem exprimir, e seu pensamento limitado está privado do infinito; assim atribuis sempre, mesmo aos planetas superiores, as vossas paixões e os vossos motivos inferiores, vírus depositado em vossos seres pela grosseria do ponto de partida, e do qual não vos curais senão lentamente. As divisões, as querelas, as guerras, são desconhecidas em Vênus, tão desconhecidas quanto é entre vós a antropofagia.
Nota. - A Terra, com efeito, nos apresenta, pela inumerável variedade dos graus sociais, uma infinidade de tipos que pode nos dar uma idéia dos mundos onde cada um desses tipos é o estado normal.
6. Qual é o estado da religião nesse planeta? - R. A religião é a adoração constante e ativa do Ser supremo; adoração despojada de todo erro, quer dizer, de todo culto idolatra.
7. Todos os habitantes estão no mesmo grau, ou bem os há, como sobre a Terra, os mais ou menos avançados? Neste caso, a que habitantes da Terra correspondem os menos avançados? - R. A mesma desigualdade proporcional existe entre os habitantes de Vênus quanto entre os seres terrestres. Os menos avançados são as estrelas do mundo terrestre, quer dizer, os gênios e os homens virtuosos.
8. Há senhores e servidores? - R. A servidão é o primeiro grau da iniciação. Os escravos da antigüidade, como os da América moderna, são seres destinados a progredir num meio superior àquele que habitaram em sua última encarnação. Por toda a parte os seres inferiores estão subordinados aos seres superiores; mas em Vênus essa subordinação moral não pode ser comparada à subordinação corpórea, tal qual existe sobre a Terra. Os superiores não são os senhores, mas os pais dos inferiores; em lugar de explorá-los, ajudam o seu adiantamento.
9. Vênus chegou gradualmente ao estado em que está? Passou anteriormente pelo estado em que está a Terra e mesmo Marte? - R. Reina uma admirável unidade no conjunto da obra divina. Os planetas, como os indivíduos, como tudo o que é criado, animais e plantas, progridem inevitavelmente. A vida, em suas expressões variadas, é uma ascensão perpétua para o Criador; ela desenrola, numa imensa espiral, os graus de sua eternidade.
10. Tivemos comunicações concordantes sobre Júpiter, Marte e Vênus; porque não tivemos sobre a lua senão coisas contraditórias e que não puderam fixar a opinião? - R. Essa lacuna será preenchida, e logo tereis sobre a lua revelações tão nítidas, tão precisas quanto às que obtivestes sobre outros planetas. Se elas não vos foram ainda dadas, disso compreendereis mais tarde a razão.
Nota. Essa descrição de Vênus, sem dúvida, não tem nenhum dos caracteres de uma autenticidade absoluta, e também não a damos senão a título condicional. No entanto, o que já foi dito desse mundo, lhe dá, pelo menos, um grau de probabilidade, e, seja como for, o que não é menos o quadro de um mundo que deve, necessariamente, existir para todo homem que não tenha a orgulhosa pretensão de crer que a Terra é o apogeu da perfeição humanaé um anel na escala dos mundos, é um grau necessário àqueles que não sentem a força de ir sem dificuldade a Júpiter.



Fonte:
Revista Espírita, agosto de 1862
Site: www.espirito.org.br 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Futebol

Um dos esportes mais populares do planeta, o futebol é a paixão nacional sempre que há um jogo da seleção brasileira esse país para pra ver os astros da nossa seleção, mas você querido leitor deve está se perguntando “ o que esse tem a ver futebol com o espiritismo?” Mas antes senhores de eu responder essa pergunta vamos saber um pouco sobre a historia do futebol.
O futebol tem origem muito antiga no livro da dinastia Hang o futebol já era praticado desde os séculos III e II a.C o livro contem algumas regras do jogo, na china o futebol era chamado Ts`Uk (Cuju). Mas foi na Inglaterra no século XVII que o futebol se popularizou, ganhou novas regras, foi organizado e sistematizado. No ano de 1897 uma equipe de futebol inglesa chamada de Corinthians  fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do Mundo. Mas foi no Brasil que o futebol se popularizou, graças a Charles Miller que aos 9 anos viajou para a Europa para estudar. Lá teve contato com o futebol, gostou tanto que voltou para o Brasil com uma bola na bolsa e um apito na mão. Hoje nós somos uma potencia no futebol. Mas depois de toda essa blábláblá sobre a historia do futebol eu vou responder aquela pergunta “o que o futebol tem a ver com o espiritismo?”, mas antes vamos fazer uma viajem no tempo vamos voltar no tempo do império romano no período da perseguição dos cristão, em filmes como gladiador vemos como era a diversão daquele povo pessoas se matavam lutavam ate a morte, e em livros como há dois mil anos fala sobre a morte de cristão em arenas onde leões os comiam e as pessoas se divertiam com aquilo. Mas com o tempo houve mudanças o futebol mostra claramente isso mostra a união de povos a fraternidade a solidariedade, temos como grande exemplo de fraternidade a Copa do Mundo realizada na áfrica do sul um pais que viveu 20 anos de segregação racial onde os negros eram desprezados pela população, muitos lideres de paises desenvolvidos falavam que a copa ia ser um fracasso mas não senhores a copa foi um sucesso negros e brancos sentados um do lado do outro todos torcendo sem o racismo, os jogos beneficentes onde os astros do futebol intencional se reúnem em um jogo para ajudar as pessoas carentes povos que ainda vivem em guerras, o futebol queridos leitores une nações um grande exemplo de fraternidade. O futebol senhores tem tudo a ver com o espiritismo a caridade o amor com o próximo.O futebol é um esporte magnífico.

Amor, Imbatível Amor

       O amor é substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina.
        É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte.
        Mais se agiganta, na razão que mais se doa. Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.
        Nunca perece, porque não se entibia nem se enfra­quece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
        Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver
        É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas.
        Quando aparente — de caráter sensualista, que bus­ca apenas o prazer imediato — se debilita e se envene­na, ou se entorpece, dando lugar à frustração.
        Quando real, estruturado e maduro — que espera, estimula, renova — não se satura, é sempre novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais. Une as pes­soas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.
O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de ener­gias e de formação angustiante.
        O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil, que se expressa pela insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador.
Há um período em que se expressa como compen­sação, na fase intermediária entre a insegurança e a ple­nificação, quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa.
O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.
Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos.
A ambição, a posse, a inquietação geradora de in­segurança — ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobran­ça de carinhos e atenções —, a necessidade de ser ama­do caracterizam o estágio do amor infantil, obsessivo, dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.
A confiança, suave-doce e tranqüila, a alegria na­tural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro.
Mesmo que se modifiquem os quadros existenci­ais, que se alterem as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, in­destrutível.
Nunca se impõe, porque é espontâneo como a pró­pria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de jú­bilos e de paz.
Expande-se como um perfume que impregna, agra­dável, suavemente, porque não é agressivo nem em­briagador ou apaixonado...
O  amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratifi­cações que o amado oferece.
O  amor deve ser sempre o ponto de partida de to­das as aspirações e a etapa final de todos os anelos hu­manos.
O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue doan­do, na Sua condição de Amante não amado.


Amor, Imbatível Amor
Divaldo P. Franco
Pelo Espírito Joanna de Ãngelis

domingo, 24 de abril de 2011

Com Caridade

 “Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 16, VERSÍCULO 14.)

Ainda existe muita gente que não entende outra caridade, além daquela que se veste de trajes hu­mildes aos sábados ou domingos para repartir algum pão com os desfavorecidos da sorte, que aguarda calamidades públicas para manifestar-se ou que lança apelos comovedores nos cartazes da imprensa.
Não podemos discutir as intenções louváveis des­se ou daquele grupo de pessoas; contudo, cabe-nos reconhecer que o dom sublime é de sublime extensão.
Paulo indica que a caridade, expressando amor cristão, deve abranger todas as manifestações de nossa vida.
Estender a mão e distribuir reconforto é iniciar a execução da virtude excelsa. Todas as potências do espírito, no entanto, devem ajustar-se ao preceito divino, porque há caridade em falar e ouvir, impedir e favorecer, esquecer e recordar. Tempo virá em que a boca, os ouvidos e os pés serão aliados das mãos fraternas nos serviços do bem supremo.
Cada pessoa, como cada coisa, necessita da contribuição da bondade, de modo particular.
Homens que dirigem ou que obedecem reclamam-lhe o con­curso santo, a fim de que sejam esclarecidos no departamento da Casa de Deus, em que se encon­tram. Sem amor sublimado, haverá sempre obscuri­dade, gerando complicações.
Desempenha tuas mínimas tarefas com caridade, desde agora. Se não encontras retribuição espiritual, no domínio do entendimento, em sentido imediato, sabes que o Pai acompanha todos os filhos devota­damente.
Há pedras e espinheiros? Fixa-te em Jesus e passa.

Fonte:
Livro: Pão Nosso

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Adolescente e o Namoro

Na fase da adolescência, a atração sexual é portadora de alta carga de
magnetismo.
Surge, inesperadamente, a necessidade de intercâmbio afetivo, que o
jovem ainda não sabe definir. Os interesses infantis são superados e as
aspirações acalentadas até então desaparecem, a fim de cederem lugar a
outras motivações, normalmente através do relacionamento interpessoal. Os
hormônios, amadurecendo e produzindo as alterações orgânicas, também
trabalham no psiquismo, desenvolvendo aptidões e anseios que antes não
existiam.
Nesse momento, os adolescentes olham-se surpresos, observam as
modificações externas e descobrem anseios a que não estavam acostumados.
São tomados de constrangimento numa primeira fase, depois, de inquietação,
por fim, de certa audácia, iniciando-se as experiências dos namoros.
Referimo-nos ao processo natural, sem as precipitações propostas pelas
insinuações, provocações e licenças morais de toda ordem que assolam o
mundo juvenil, conspirando contra a sua realização interior.
Estimulados por essa falsa liberdade, mentalmente
alertados antes de experimentarem as legítimas expressões do sentimento,
atiram-se na desabalada busca do sexo, sem qualquer compromisso com a
emoção, transtornando-se e perdendo a linha do desenvolvimento normal,
passo a passo, corpo e mente.
Prematuramente amadurecidos, perdem o controle da responsabilidade e
passam a agir como autômatos, vendo, no parceiro, apenas um objeto de uso
momentâneo, que deve ser abandonado após o conúbio, a fim de partir na
busca de nova companhia, para atender a sede de variação promíscua e
alienadora.
O namoro é uma necessidade psicológica, parte importante do
desenvolvimento da personalidade e da aprendizagem afetiva dos jovens,
porqüanto, na amizade pura e simples são identificados valores e descobertos
interesses mais profundos, que irão cimentar a segurança psicológica quando
no enfrentamento das responsabilidades futuras.
Trata-se de um período de aproximação pessoal, de intercâmbio
emocional através de diálogos ricos de idealismos, de promessas — que nem
sempre se cumprem, mas que fazem parte do jogo afetivo — e sonhos, quando
a beleza juvenil se inspira e produz.
As artes, em geral, a literatura, a poesia, a estética descobriram na
afetividade juvenil suas verdadeiras musas, que passaram a contribuir em favor
do enriquecimento da vida, através das lentes róseas dos enamorados. Todo
um mundo dourado e azul, trabalhado nas estrelas e no luar, no perfume das
flores e nos favônios dos entardeceres, aparece quando os jovens se
encontram e despertam intimamente para a afetividade.
O recato, a ternura, a esperança, o carinho e o encantamento constituem
as marcas essenciais desses encontros abençoados pela vida. As dificuldades
parecem destituídas de significado e os problemas são teoricamente de
soluções muito fáceis, convidando à luta com que se estruturam para os
investimentos mais pesados do futuro.
O desconhecimento do corpo e a inexperiência da sua utilização, nesse
período, cedem lugar a um descobrimento digno, compensador, que predispõe
aos relacionamentos tranqüilos, estimulantes.
Igualmente nesse curso do namoro se identificam as diferenças de
interesse, de comportamento psicológico, de atração sexual e moral, cultural e
afetiva.
O adolescente, às vezes, encantador, que desperta sensualidade nos
outros, no convívio pode apresentar-se frívolo, vazio de idealismo, desprovido
de beleza, que são requisitos de sustentação dos relacionamentos, e logo
desaparece a atração, que não passava de estímulo sexual sem maior
significado.
Quando o namoro derrapa em relacionamento do sexo, por curiosidade e
precipitação, sem a necessária maturidade psicológica nem a conveniente
preparação emocional, produz frustração, assinalando o ato com futuras
coarctações, que passam a criar conflitos e produzir fugas, gerando no mundo
mental dos parceiros receios injustificáveis ou ressentimentos prejudiciais.
Não raro, esses choques levam a práticas indevidas e preferências
mórbidas, que se transformam em patologias inquietantes na área do
comportamento sexual.
É natural que assim suceda, porque o sexo é departamento divino da
organização física, a serviço da vida e da renovação emocional da criatura, não
podendo ser usado indiscriminadamente por capricho ou por mecanismos de
afirmação da polaridade biológica de cada qual.
O indivíduo tem necessidade de exercer a função sexual, como a tem de
alimentar-se para viver. Não obstante essa função, porque reprodutora, traz
antecedentes profundos fixados nos painéis do Espírito, arquivados no
inconsciente, que não interpretados corretamente se encarregam de levá-lo a
transtornos psicóticos significativos.
O período do namoro, portanto, é preparatório, a fim de predispor os
adolescentes ao conhecimento das suas funções orgânicas, que podem ser
bem direcionadas e administradas sem vilania, mantendo o alto padrão de
consciência em relação ao seu uso.
As carícias se encarregam de entretecer compensações afetivas e
preencher lacunas do sentimento, traduzindo a necessidade do
companheirismo, da conversação, da troca de opiniões, do intercâmbio de
aspirações.
O mundo começa também a ser descoberto e programas são delineados,
nesse comenos afetuoso, tendo em vista a possibilidade de estar próximo do
ser querido e com ele compartir dores e repartir alegrias.
As dificuldades e conflitos íntimos, face à aproximação afetiva, são
debatidos e buscam-se fórmulas para superá-los e resolvê-los.
Um auxilia o outro e abrem-se os corações, pedindo auxílio recíproco.
Quando isso não ocorre, há todo um jogo de mentiras e aparências que
não correspondem à realidade, e cada um dos parceiros pretende demonstrar
experiências que não consolidou, e que se encontram na imaginação, como
decorrência de informações incorretas ou de usos inadequados, que exalta,
tornando-se agressivo e primário, sem a preocupação de causar ou não trauma
no parceiro.
Merece considerar, também, que nessa fase, o jovem desperta para as
suas faculdades paranormais, suas inseguranças e ansiedades estão em
desordem, propiciando, pela natural lei de causa e efeito, a aproximação de
antigos comparsas, que procedem de reencarnações passadas e agora se
acercam para darem prosseguimento a infelizes obsessões, particularmente na
área sexual.
Grande número de adversários espirituais é constituído de afetos
abandonados, traídos, magoados, infelicitados, que não souberam superar o
drama e retornam esfaimados de paixões negativas, buscando aqueles que
lhes causaram danos, a fim de se desforçarem, investindo, desse modo,
furiosos e cruéis, contra quem lhes teria prejudicado.
Esse é um capítulo muito delicado, que não pode ser deixado à margem,
merecendo análise especial.
Assim, o namoro preenche a lacuna da imaturidade e propicia renovação
psicológica e conforto físico, sem ardência de paixão, nem frustração amorosa
antes do tempo.

Fonte:     
Livro: Adolescência e Vida
Divaldo Pereira Franco
Ditado Pelo Espírito Joanna de Ângelis

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Parábola do Porco-espinho

Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.


Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.


E assim sobreviveram...


Moral da História
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e consegue admirar suas qualidades.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Aniversario de 154 Anos de o Livro dos Espíritos



No dia 18 de Abril de 1857, foi lançada a primeira edição do Livro dos Espíritos, que marcou o nascimento do espiritismo, na França e no mundo. Foi o primeiro livro sobre a doutrina espírita publicado por Allan Kardec baseado nos estudos sobre as mesas girantes e os fenômenos mediúnicos que ocorriam naquela época. A obra se divide em quatro "livros", como comumente se dividiam as obras filosóficas à época, que tratam respectivamente:"
Das causas primárias - abordando as noção de divindade, Criação e elementos fundamentais do Universo.
Do mundo dos Espíritos - analisando a noção de Espírito e toda a série de imperativos que se ligam a esse conceito, a finalidade de sua existência, seu potencial de auto-aperfeiçoamento, sua pré e sua pós-existência e ainda as relações que estabelece com a matéria.
Das leis morais - trabalhando com o conceito de Leis de ordem Moral a que estaria submetida toda a Criação, quais sejam as leis de:adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e justiça, amor e caridade.
Das esperanças e consolações - concluindo com ponderações acerca do futuro do homem, seu estado após a morte, as alegrias e obstáculos que encontra no além-túmulo.
E em alguns estados brasileiros é comemorado o Dia do Espírita.

Torradas Queimadas

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Amor, eu adoro torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
"- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Porque afinal, "uma torrada queimada" não pode ser um evento destruidor entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e amigos.."


Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração Dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.

  

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Conversas Familiares de Além - Túmulo

Nesta outra conversa o espírito de Bernad Palissy descreve como é Júpiter.

O Estado Físico do Globo
1.Pode-se comparar a temperatura de júpiter com a de uma de nossas latitudes? – R. Não; ela é branda e temperada; sempre igual, e a vossa varia. Lembrai-vos os campos de Elysées que vos foi descrito.
2. A temperatura varia segundo as latitudes, como aqui? – R. Não
3. Segundo nossos cálculos, o Sol deve aparecer aos habitantes de júpiter sob um ângulo muito pequeno, e dar-lhe por conseqüência, pouca luz. Podes nos dizer se a intensidade da luz é igual a da terra, ou se é menos forte? – R. Júpiter etá cercado de uma espécie de luz espiritual, em relação com a essência dos seus habitantes. A luz do vosso sol não foi feita para eles.
4. Há uma atmosfera? – R. Sim
5. A atmosfera é formada dos mesmos elementos da atmosfera terrestre? – R. Não; os homens não são os mesmos; sua necessidades mudaram.
6. Há águas e mares? – R. Sim
7. A água é formada dos mesmos elementos da nossa? – R. Mais etéros.
8. Há desastres naturais? – R. Não; o nosso globo não é atormentado como vosso; é uma morada de bem-aventurados. A matéria nele mal se toca.
Estado Físico dos Habitantes
Casa de Mozart em Júpiter.
  1. A conformação do corpo dos habitantes tem relação com a nossa? – R. Sim, é a mesma.
  2. Pode nos dar uma idéia do seu talhe, comparado ao dos habitantes da terra?R. Grandes e bem proporcionados. Maiores do que os maiores dos vossos homens.
  3. Há sexos diferentes?R. Sim; há por toda parte onde  a matéria exista; é uma lei da matéria.
  4. Qual é a base de alimentação dos habitantes?R. Puramente vegetal.
  5. Os homens estão sujeitos a doenças?R. Não estão sujeitos a seus males.
  6. Os habitantes tem um linguagem articulada como nós?R. Não; há, entre eles, comunicação de pensamentos.
Os Animais
  1. Entre os animais há os carnívoros? – R. Os animais não se despedaçam entre si; todos vivem submissos ao homem, amando-se mutuamente.
  2. Foi-nos dito que os animais são os servidores e operários que executam os trabalhos materiais, construindo as casas, etc.; isso é verdade? – R. Sim; o homem não se rebaixa mais servindo seu semelhante.
  3. Os animais servidores são ligados a uma pessoa ou a uma família, ou são tomados e trocados à vontade, como aquiR. Todos são ligados a uma família particular; mudais por achar melhor.
  4. Os animais trabalhadores recebem uma remuneração qualquer por seus esforços – R. Não.
  5. Os animais tem uma linguagem mais precisa e mais caracterizada do que a dos animais terrestres? – R. Certamente.

Fonte:
Revista Espírita. Ano 1. Nº.4

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Conversas Familiares de Além - Túmulo

Bernard Palissy

Nova conversa onde Bernad Palissy responde as questões feitas por Allan Kardec sobre A VIDA EM JÚPITER.

Médiun: Allan Kardec

Espírito: Bernad Palissy

1.Existem lá o tédio e o desgosto da vida? – R.Não. o desgosto da vida origina-se no desprezo de si mesmo.
(...)

2. Comunicai-vos mais facilmente que nós com os outros Espíritos? – R. Sim; sempre. Não existe mais a matéria entre eles e nós.

3.  Em que se transformam os habitantes de Júpiter depois da morte? – R. Crescem sempre em perfeição, sem passar por mais provas.

4.  Poderias nomear alguns dos Espíritos habitantes de Júpiter que tivessem desempenhado uma grande missão na Terra?R. São Luis

5. As habitações de que nos deste uma mostra nos teus desenhos estão reunidas em cidades como aqui? R. Sim. Aqueles que se amam se reúnem. Só as paixões estabelecem a solidão em torno do homem. Se o homem ainda mau procura o seu semelhante, que é para ele um instrumento de dor, porque o homem puro e virtuoso deveria fugir de seus irmãos?

6. Os Espíritos são iguais ou de várias graduações?R. De diversos graus, mas da mesma ordem.

7. Pedimos que te reportes especialmente à escala espírita que demos no segundo número da Revista e que nos digas a que ordem pertencem os Espíritos encarnados em Júpiter?R. Todos bons, todos superiores. Por vezes o bem desce até o mal; entretanto, o mal jamais se mistura com o bem.

8. Os habitantes formam diferentes povos como aqui na Terra? – R. Sim: mas todos unidos entre si pelos laços de amor.

9.  Sendo assim as guerras são desconhecidas? R. Pergunta inútil.

10. O homem poderia chegar, na Terra, a um tal grau de perfeição que a guerra fosse desnecessária?R. Ele chegará a isto, sem a menor dúvida. A guerra desaparecerá com o egoísmo dos povos e à medida que melhor seja compreendida a fraternidade.

11. Os povos são governados por chefes? R. Sim.

12. Como aqui na Terra, lá existem povos mais ou menos avançados do que os outros?R. Não, mas entre os povos há diversos graus.

13. Se o povo mais adiantado da Terra fosse transportado para Júpiter, que posição ocuparia? – R. A que entre vós é ocupada pelos macacos.

14. Lá os povos se regem por leis? – R. Sim.

15. Há leis penais? – R. Não há mais crimes.

16. Quem faz as leis? – R. Deus as fez.

17. Há ricos e pobres? Por outras palavras: há homens que vivem na abundância e no supérfluo e outros a quem falta o necessário? – R. Não: todos são irmãos. Se um possuísse mais do que o outro, com este repartiria; não seria feliz quando seu irmão fosse necessitado.

18. De acordo com isso as fortunas de todos seriam iguais? – R. Eu não disse que todos sejam igualmente ricos. Perguntaste se haveria gente com o supérfluo enquanto a outros faltasse o necessário.

19. As duas repostas se nos afiguram contraditórias. Pedimos que estabeleças a concordância? – R. A ninguém falta o necessário; ninguém tem o supérfluo. Por outras palavras, a fortuna de cada um está em relação com a sua condição. Estais satisfeitos?

20. Agora compreendemos. Mas te perguntamos, entretanto, se aquele que tem menos não é infeliz em relação àquele que tem mais? – R. Ele não pode sentir-se infeliz, desde que nem é invejoso nem ciumento. A inveja e o ciúme produzem mais infelizes que a miséria.

21. As faculdades do homem são desenvolvidas pela educação? – R. Sim.

22.Pode o homem adquirir bastante perfeição na Terra para merecer passar imediatamente para Júpiter? – R. Sim. Mas na Terra é o homem submetido a imperfeições a fim de estar em relação com os seus semelhantes.

23. Há várias religiões? – R. Não. Todos professam o bem e todos adoram um só Deus.

24. Há templos e um culto? – R. Por templo há o coração do homem; por culto o bem que ele faz.

 

Fonte:

Observador Espírita 

Revista Espírita