quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Poder da Língua

Certa vez, um homem tanto falou que seu vizinho era ladrão, que o vizinho acabou sendo preso. Algum tempo depois,  descobriram que o rapaz era inocente, ele foi solto, e, após muita humilhação resolveu processar seu vizinho (o caluniador).

No tribunal, o caluniador disse ao juiz:

- Comentários não causam tanto mal... e o juiz respondeu:
- Escreva os comentários que você fez sobre ele num papel, depois pique o papel e jogue os pedaços pelo caminho de casa e amanhã volte para ouvir a sentença!

O homem obedeceu e voltou no dia seguinte, quando o juiz disse:
- Antes da sentença, terá que catar os pedaços de papel que espalhou ontem!
- Não posso fazer isso, meritíssimo! - respondeu o homem - o vento deve tê-los espalhados por tudo quanto é lugar e já não sei onde estão!

Ao que o juiz respondeu:
- Da mesma maneira, um simples comentário que pode destruir a honra de um homem, espalha-se a ponto de não podermos consertar o mal causado; se não se pode falar bem de uma pessoa, é melhor que não se diga nada!

Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas palavras.

No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que tu és, e outras que vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostuma-te...
Quem ama não vê defeitos... quem odeia não vê qualidades e, quem é amigo, vê as duas coisas!!! 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Conversas familiares de além-túmulo - A senhora Schwabenhaus

Vários jornais, segundo o Courrier dês États-Unis, narraram o fato seguinte que nos pareceu de natureza a fornecer o assunto para um estudo interessante:
"Uma família alemã, de Baltimore, veio, diz o Courrier dês États-Unis, de ser vivamente emocionada por um singular caso de morte aparente. A senhora Schwabenhaus, doente há algum tempo, parecia haver dado o último suspiro na noite da segunda para terça-feira. As pessoas que a cuidavam puderam observar nela todos os sintomas da morte; seu corpo estava gelado, seus membros rígidos. Depois de ter prestado ao cadáver os últimos deveres, e quando tudo estava pronto, no quarto mortuário, para o sepultamento, os assistentes foram em busca de algum repouso. O senhor Schwabenhaus esgotado pela fadiga, logo os seguiu. Estava entregue a sono agitado, quando, pela seis horas da manhã, a voz de sua mulher veio ferir seu ouvido. Acreditou primeiro ser o joguete de um sonho; mas seu nome, repetido várias vezes, logo não lhe deixou nenhuma dúvida, e se precipitou para o quarto de sua mulher. Aquela que deixara por morta, estava sentada em sua cama, parecendo gozar de todas as suas faculdades e mais forte, do que jamais estivera, desde o começo de sua enfermidade.
"A senhora Schwabenhaus pediu água, depois desejou beber chá e vinho. Ela pediu ao seu marido para ir dormir seu filho que chorava em um quarto vizinho. Mas este último, estava muito emocionado para isso, e correu a despertar todo mundo na casa. A doente acolheu sorrindo seus amigos, seus domésticos, que não se aproximaram de seu leito senão tremendo. Ela não parecia surpresa com os preparativos funerários que impressionavam seu olhar: "Sei que me acreditáveis morta, disse ela, entretanto, eu não estava senão dormindo. Mas durante esse tempo minha alma voou para as regiões celestes; um anjo veio me procurar, e cruzamos o espaço por alguns instantes. Este anjo que me conduzia, é a jovem que perdemos no ano último... Oh! logo eu irei reunir-me a ela... Agora que provei as alegrias do céu, não queria mais viver neste mundo. Pedi ao anjo para vir abraçar, ainda uma vez, meu marido e meus filhos; mas logo ele virá me procurar."
Às oito horas, depois que ela ternamente pediu permissão ao seu marido, aos seus filhos e a uma multidão de pessoas que a cercava, a senhora Schwabenhaus expirou realmente desta vez, como foi constatado pelos médicos, de modo a não deixar subsistir nenhuma dúvida.
"Esta cena emocionou vivamente os habitantes de Baltimore."
O Espírito da senhora Schwabenhaus, tendo sido evocado, na sessão da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, no dia 27 de abril último, estabeleceu-se com ele a conversa seguinte.
1. Desejamos, com o objetivo de nos instruir, dirigir-vos algumas perguntas concernentes à vossa morte; tereis a bondade de nos responder? - R. Como não o faria agora que começo a tocar nas verdades eternas, e que sei a necessidade que disso tendes?
2. Lembrai-vos das circunstâncias particulares que precederam vossa morte? - R. Sim, esse momento foi o mais feliz da minha existência terrestre.
3. Durante a vossa morte aparente, ouvíeis o que se passava ao redor de nós e víeis os preparativos de vossos funerais? - R. Minha alma estava muito preocupada com sua felicidade próxima.
4. Tínheis a consciência de não estar morta? - R. Sim, mas isso não me era bastante penoso.
5. Poderíeis nos dizer a diferença que fazeis entre o sono natural e o sono letárgico? - R. O sono natural é o repouso do corpo; o sono letárgico é a exaltação da alma.
6. Sofríeis durante a vossa letargia? - R. Não.
7. Como se operou o vosso retomo à vida? - R. Deus permitiu que retomasse para consolar os corações aflitos que me cercavam.
8. Desejaríamos uma explicação mais material. - R. O que chamais o perispírito animava ainda o meu envoltório terrestre.
9. Como ocorreu não vos surpreenderdes, no vosso despertar, com os preparativos que se faziam para vos enterrar? - R. Eu sabia que deveria morrer, todas essas coisas pouco me importavam, uma vez que entrevi a felicidade dos eleitos.
10. Voltando a vós, ficastes satisfeita de ser restituída à vida? - R. Sim, para consolar.
11. Onde estivestes durante o vosso sono letárgico? - R. Não posso dizer-vos toda a felicidade que senti: as línguas humanas não exprimem essas coisas.
12. Vós vos sentis, ainda, na terra ou no espaço? - R. Nos espaços.
13. Dissestes, voltando a vós, que a jovem que havíeis perdido no ano precedente, viera vos procurar; é verdade? - R. Sim, é um Espírito puro.
14. Que idade tinha essa criança quando morreu? - R. Sete anos.
15. Como a reconhecestes? - R. Os Espíritos superiores se reconhecem mais depressa.
16. Vós a reconhecestes sob uma forma qualquer? - R. Não a vi senão como Espírito.
17. Que vos dizia ela? - R. Venha, siga-me para o Eterno.
18. Vistes outros Espíritos além daquele da vossa filha? - R. Vi uma quantidade de outros Espíritos, mas a voz da minha criança e a felicidade que pressentia eram minhas únicas preocupações.
19. Durante o vosso retorno à vida, dissestes que iríeis logo reunir-vos à vossa filha; tínheis, pois, consciência de vossa morte próxima? - R. Era para mim uma esperança feliz.
20. Como o sabíeis? - R. Quem não sabe que é preciso morrer? Minha doença mo dizia bem.
21. Qual era a causa da vossa doença? - R. Os desgostos.
22. Que idade tínheis? - R. 48 anos.
23. Deixando a vida definitivamente, tivestes imediatamente uma consciência limpa e lúcida de vossa nova situação? - R. Tive-a no momento de minha letargia.
24. Experimentastes a perturbação que acompanha, ordinariamente, o retorno à vida espírita? - R. Não, eu estava deslumbrada, mas não perturbada.
25. Depois de vossa morte, tornastes a ver a vossa filha? - R. Estou freqüentemente com ela.
26. Estais reunida a ela pela eternidade? - R. Não, mas sei que depois de minhas últimas encarnações, estarei na morada onde habitam os Espíritos puros.
27. Vossas provas, pois, não estão findas? - R. Não; entretanto, elas serão felizes agora; não me deixam mais do que esperar, e a esperança é quase a felicidade.
28. Vossa filha havia vivido em outros corpos, antes daquele com o qual era vossa filha? - R. Sim, em muitos outros.
29. Sob qual forma estais entre nós? - R. Sob minha última forma de mulher.
30. Vós nos vedes tão distintamente quanto o faríeis estando viva? - R. Sim.
31. Uma vez que aqui estais sob a forma que tínheis na Terra, é pelos olhos que nos vedes? - R. Mas não, o Espírito não tem olhos; não estou sob a minha última forma senão para satisfazer às leis que regem os Espíritos quando são evocados, e obrigados a retomar o que chamais Perispírito.
32. Podeis ler os nossos pensamentos? - R. Sim, eu o posso: lerei se vossos pensamentos forem bons.
33. Nós vos agradecemos as explicações que consentistes em nos dan reconhecemos pela sabedoria de vossas respostas, que sois um Espírito elevado, e esperamos que gozeis a felicidade que mereceis. - R. Estou feliz em contribuir para a vossa obra; morrer é uma alegria quando se pode ajudar o progresso como pude fazê-lo.


FONTE: REVISTA ESPÍRTA

domingo, 22 de maio de 2011

Renova-te Sempre

Ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo,
se renova, dia a dia," – Paulo II CORINTIOS, 4:16
Cada dia tem a sua lição.
Cada experiência deixa o valor que lhe corresponde.
Cada problema obedece a determinado objetivo.
Há criaturas que, torturadas por temores contraproducentes,
proclamam a inconformação que as possui à frente da enfermidade
ou da pobreza, da desilusão ou da velhice.
Não faltam, no quadro da luta cotidiana, os que fogem
espetacularmente dos deveres que lhes cabem, procurando, na
desistência do bom combate e no gradual acordo com a morte, a paz
que não podem encontrar.
Lembra-te de que as civilizações se sucedem no mundo, há milhares
de anos, e que os homens, por mais felizes e por mais poderosos,
foram constrangidos a perda do veiculo de carne para acerto de
contas morais com a eternidade.
Ainda que a prova te pareça invencível ou que a dor se te afigure
insuperável, não te retires da posição de lidador, em que a
Providência Divina te colocou.
Recorda que amanhã o dia voltará ao teu campo de trabalho.
Permanece firme, no teu setor de serviço, educando o pensamento na
aceitação da Vontade Deus
A moléstia pode ser uma intimação transitória e salutar da Justiça
Celeste.
A escassez de recursos terrestres é sempre um obstáculo educativo.
O desapontamento recebido com fervorosa coragem é trabalho de
seleção do Senhor, em nosso benefício.
A senectude do corpo físico é fixação da sabedoria para a felicidade
eterna.
Sê otimista e diligente no bem, entre a confiança e a alegria, porque,
enquanto o envoltório de carne se corrompe pouco a pouco, a alma
Imperecível se renova, de momento a momento, para a vida imortal.
Fonte: Livro Fonte Viva

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Medicina reconhece obsessão espiritual

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra:
Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...
Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:
A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:
mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:
biológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina DA USP, Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.  
Texto de Osvaldo Shimoda
Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz.
Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo.
Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.
Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outros cristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenómeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.
Segundo a revista Espiritismo & Ciência,[1] "o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.
Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Eu Aprendi...

...que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo; 

Eu aprendi...
...que ser gentil é mais importante do que estar certo; 
Eu aprendi...
...que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma; 


Eu aprendi...
...que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto; 

Eu aprendi...
...que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender; 

Eu aprendi...
...que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto; 

Eu aprendi...
...que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos; 

Eu aprendi...
...que dinheiro não compra "classe"; 


Eu aprendi...
...que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular; 

Eu aprendi...
...que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada; 


Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas; 


Eu aprendi...
...que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso; 

Eu aprendi...
...que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las; 


Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a; 


Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.


Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
William Shakespeare

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Auto-Realização do Adolescente Através do Amor


O amor é sempre o alimento essencial da vida. Em todos os períodos da
existência física e espiritual da criatura humana, constitui o estímulo e a
sustentação dos objetivos enobrecedores, facultando alegria e propondo metas elevadas para serem alcançadas.
Na infância e na adolescência, representa o mais valioso veículo de
auxílio ao desenvolvimento do ser em formação. O seu poderoso elã dá à vida
significado e, nesse período inicial da existência planetária, é responsável pelo
equilíbrio do desenvolvimento emocional e vital.
Embora se saiba que num corpo jovem encontra-se um Espírito
amadurecido ou iniciante nas atividades da evolução, em cada reencarnação o
adormecimento das suas potencialidades psíquicas e emocionais faculta-lhe o
desabrochar do Deus interno que nele jaz, bem como dos inesgotáveis
recursos que procedem do Criador e devem encontrar campo para
desenvolvimento.
Graças ao amor presente ou ausente na infância e na juventude, os
futuros cidadãos responderão aos desafios existenciais, tornando-se
construtores do bem ou perturbadores da ordem, porqüanto o caráter é
construído com a afetividade que amadurece, auxiliando a área do
discernimento intelectual para o que é certo, deixando à margem o que é
incorreto. Essa capacidade de distinguir o que se deve ou não fazer,
édecorrência natural da capacidade intelecto-moral. A mente apresenta os
opostos e os define, mas o sentimento elege aquele ideal que deve ser
vivenciado. Portanto, o amor é força dinâmica da vida a serviço do equilibrio
universal, e não terá sido por outra razão que o Apóstolo João afirmou que
Deus é amor.
Quando se ama, adquire-se compreensão da vida e se amadurece,
desenvolvendo o sentido de crescimento fraternal e de solidariedade. Quando
porém se deseja ser amado apenas, então se permanece em infância
espiritual, com atraso psicológico na área da emoção, que não discerne os
deveres a serem atendidos, exigindo-se direitos aos quais não faz jus. A
experiência, portanto, do amor, é relevante no processo da evolução de todos
os seres, especialmente o humano. O amor aquece o coração e enriquece a
vida, favorecendo com uma visão otimista, que transforma o deserto em jardim
e o pântano em pomar.
O adolescente sabe receber o amor, no entanto, pela falta natural de
amadurecimento emocional, nem sempre sabe direcioná-lo, mesmo que o
sinta, em razão da dificuldade de distinguir o que se trata de sensação, de
desejo sexual, de admiração e arrebatamento, do verdadeiro sentimento de
afetividade sem exigência, sem agradecimento, sem dependência.
Não é uma peculiaridade apenas do jovem, mas de muitas criaturas que
avançaram na faixa etária, mas não saíram da infância emocional.
Lentamente, os sentimentos se vão definindo no adolescente e ele passa,
através da socialização, a perceber o que lhe agrada aos sentidos e aquilo que
lhe embeleza a emoção, dando-lhe firmeza nas decisões, interesse nas
definições e eleição nos postulados que abraça, incluindo as pessoas que o
cercam, que constituem os grupos nos quais se movimenta.
Há inúmeras motivações para o amor, que atraem o jovem necessitado
de compreensão e de paciência, até o momento em que possa definir os rumos
e atividades a desenvolver, de forma a fixar as propostas do sentimento no
íntimo, sem perturbação nem ansiedade.
Os exemplos de abnegação na família, de desinteresse imediato quando
se ama, de dedicação aos valores de enobrecimento, aos esforços pela
conquista dos patamares elevados da nobreza e do caráter, constituem
emulação para o jovem resolver-se pela faculdade de amar, ao invés de
hipertrofiar esse sentimento nas baixas aspirações dos desejos infrenes e
apaixonados que geram dificuldades e escravidão.
O adolescente tem necessidade de ser aceito pelo grupo de
companheiros, falar-lhe o mesmo idioma, adotar os mesmos hábitos, participar
dos mesmos desportos, empreender as mesmas marchas, partilhar os mesmos
valores, as metas idênticas. Esse apelo surge naturalmente e ele é impelido ao
meio social quase que por instinto. Se for seguro emocionalmente, terá
facilidade de adaptação sem que sofra a influência determinante do conjunto,
podendo selecionar aquilo que lhe interessa, deixando de lado o que se lhe
apresente como destituído de valor. Se, todavia, sente-se desamado, preterido
no lar, prende-se ao novo clã, assumindo uma identidade desconfiada,
agressiva e violenta. Noutras vezes, por timidez, pode evitar a socialização e
afastar-se, alienando-se.
Quando vitalizado pelo amor da família, tem facilidade de exteriorizar o
mesmo sentimento, tornando-se membro ativo e de significação no grupo, face
à empatia que desperta e provoca nos demais. Nessa fase, surge-lhe o que se
denomina estágio operacional formal, no qual começa a pensar abstratamente,
a formular raciocínios em torno do que poderá ser, ao invés de apenas estar
como se apresenta. Surge também o perigo do egocentrismo, quando o
adolescente começa a contestar os valores dos pais, da família, da sociedade,
tornando-se crítico contumaz de tudo quanto observa. Amadurecendo, passa
para o desenvolvimento cognitivo, que faculta a instalação do amor, que
definirá os rumos da sua identidade social e pessoal. O amor ajuda-o a tornarse
independente da família, isto é, a ter sua própria visão do mundo e dos
valores humanos, a conceituar pessoas e regimes, estabelecendo as próprias
diretrizes de comportamento. Porque não se trata de um ato de rebeldia, mas
de crescimento, o amor se lhe desenvolve enriquecedor, permitindo-lhe a
descoberta dos objetivos da vida e os meios para alcançá-los, no que se
empenha com afã, atendendo aos estímulos que lhe brotam do mundo interior,
das tendências que o acompanham desde a reencarnação anterior, impelindoo
para o triunfo sobre as imperfeições que lhe afeiam a conduta, enquanto
descobre os altiplanos felizes do bem-estar emocional, social e espiritual.
A carreira elegida passa a adquirir uma significação relevante, não
importando se ela é representativa na sociedade ou não, valorizada pela
dedicação a que se entrega, por compreender que é membro ativo do conjunto
e não pode falhar, porque isso implicaria em desorganização do meio onde
vive.
Sentimentos antes não experimentados de ternura e de devoção brotam
no adolescente, que se sente atraído para os ideais mais expressivos da
humanidade: política, religião, esportes, ciência, tecnologia, artes... E ao eleger
aquele a que se vai dedicar, o faz com ardor e motivação que o engrandecem,
e o definem como um homem ou uma mulher de bem, candidatos ambos à
renovação da sociedade.
A decisão do adolescente pelos propósitos de elevação da sociedade cria
no seu grupo de companheiros uma aceitação irrestrita, porque todos preferem
aqueles que são alegres, joviais, cordatos, idealistas, que ofereçam alguma
contribuição para os demais, o que somente o amor pode proporcionar. As
dificuldades no relacionamento infantil e juvenil propõem cidadãos, no futuro,
inquietos, delinqüentes, com sérios distúrbios no ajustamento sexual e noutras
formas de comportamento, como efeito da falta de amor neles mesmos e nos
demais que os não atenderem convenientemente no lar, na escola, no clã de
origem, em razão do seu temperamento instável e desagradável ou motivo
outro qualquer...
O amor, na adolescência, é o grande definidor de rumos para toda a
existência e o único tesouro que autoplenifica, auto-realiza, modelando uma
vida saudável.

Fonte: Adolescencia e Vida
Divaldo P. Franco
Ditado pelo Espírito de Joanna de Ângelis.

sábado, 14 de maio de 2011

1º Encontro de Jovens

Pessoal no dia 05/06/2011 ocorrera o primeiro encontro de jovens cujo tema sera "O Sal da Terra".
Local: CENTRO ESPIRITA LAR DA BENÇÃO
ENDEREÇO:  PETROPOLIS
Horário: 14:00 as 18:00 hrs
Maiores informações:  9116-4053 (Elias)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A FAMÍLIA ZEBEDEU

Na manhã que se seguiu primeira manifestação da sua palavra defronte do Tiberíades, o Mestre se aproximou de dois jovens que pescavam nas margens e os convocou para o seu apostolado:
— Filhos de Zebedeu — disse, bondoso — desejais participar das alegrias da Boa-Nova?!
Tiago e João, que já conheciam as pregações do Batista e que o tinham ouvido na véspera, tomados de emoção, se lançaram para ele, transbordantes de alegria:
— Mestre! Mestre! — Exclamavam felizes.
Como se fossem irmãos bem-amados que se encontrassem depois de longa ausência, tocados pela farsa do amor que se irradiava do Cristo, fonte inspiradora das mais profundas dedicações, falaram largamente da Ventura de sua união perene, no futuro, das esperanças com que deveriam avançar para o porvir, proclamando as belezas do esforço pelo Evangelho do Reino. Os dois rapazes galileus eram de temperamento apaixonado. Profundamente generosos, tinham carinhosas e simples, ardentes e sinceras as almas. João tomou das mãos do Senhor e beijou-as afetuosamente, enquanto Jesus lhe acariciava os anais macios dos cabelos. Tiago, como se quisesse hipotecar a sua solidariedade inteira, aproximou-se do Messias e lhe colocou a destra sobre os ombros, em amoroso transporte.
Os dois novos apóstolos, entretanto, eram ainda muito jovens e, em regressando casa com o espírito arrebatado por imensa alegria, relataram sua mãe o que se passara.
Salomé, a esposa de Zebedeu, apesar de bondosa e sensível, recebeu a noticia com certo cuidado. Também ela ouvira o profeta de Nazaré nas suas gloriosas afirmativas da véspera. Pôs-se então a ponderar consigo mesma: não estaria próximo aquele reino prometido por Jesus? Quem sabe se o filho de Maria não falava na cidade em nome de algum príncipe? Ali! o Cristo deveria ser o intérprete de algum desconhecido ilustre que recrutava adeptos entre os homens trabalhadores e mais fortes. A quem seriam confiados os postos mais altos, dentro da nova fundação? Seus filhos queridos bem os mereciam. Precisava agir, enquanto era tempo. O povo, de há muito, falava em revolução contra os romanos e os comentadores mais indiscretos anteviam a queda próxima dos Antipas. O novo reinado estava próximo e, alucinada pelos sonhos maternais, Salomé procurou o Messias, no circulo dos seus primeiros discípulos.
— Senhor — disse, atenciosa — logo após a instituição do teu reino, eu desejaria que os meus filhos se sentassem um tua direita e outro à tua esquerda, como as duas figuras mais nobres do teu trono.
Jesus sorriu e obtemperou com gesto bondoso:
— Antes de tudo, preciso saber se eles quererão beber do meu cálice!...
A genitora dos dois jovens embaraçou-se. Além disso, o grupo que rodeava o Messias a observava com indiscrição e manifesta curiosidade. Reconhecendo que o instante não lhe permitia mais amplas explicações, retirou-se apressada, colocando o seu velho esposo ao corrente dos fatos.
***
Ao entardecer, cessado o labor do dia, Zebedeu acompanhado pelos dois filhos procurou o Mestre em casa de Simeão. Jesus lhes recebeu a visita com extremo carinho, enquanto o velho galileu expunha as suas razões, humilde e respeitoso.
— Zebedeu — respondeu-lhe Jesus — tu, que conheces a lei e lhe guardas os preceitos no coração, sabes de algum profeta de Deus que, no seu tempo, fosse amado pelos homens do mundo?
— Não, Senhor.
— Que fizeram de Moisés, de Jeremias, de Jonas? Todos os emissários da verdade divina foram maltratados e trucidados, ou banidos do berço em que nasceram. Na Terra, o preço do amor e da verdade tem sido o martírio e a morte.
O pai de Tiago e de João ouvia-o humilde e repetia: — Sim Senhor.
E Jesus, como se aproveitasse o momento para esclarecer todos os pontos em dúvida, continuou:
— O reino de Deus tem de ser fundado no coração das criaturas; o trabalho árduo e o meu gozo; o sofrimento o meu cálice; mas, o meu Espírito se ilumina da sagrada certeza da vitória.
— Então, Senhor — exclamou Zebedeu, respeitoso — o vosso reino é o da paz e da resignação que os crentes de Elias esperavam.
Jesus com um sorriso de benignidade acrescentou:
— A paz da consciência pura e a resignação suprema à vontade de meu Pai são do meu reino; mas os homens costumam falar de uma paz que é ociosidade de espírito e de uma resignação que é vício do sentimento. Trago comigo as armas para que o homem combata os inimigos que lhe subjugam o coração e não descansarei enquanto não tocarmos o porto da vitória. Eis por que o meu cálice, agora, tem de transbordar de fel, que são os esforços ingentes que a obra reclama.
E, como se quisesse pormenorizar os esclarecimentos, prosseguiu:
— Há homens poderosos no mundo que morrem comodamente em seus palácios, sem nenhuma paz no coração, transpondo em desespero e com a noite na consciência os umbrais da eternidade; há lutadores que morrem na batalha de todos os momentos, muita vez vencidos e humilhados, guardando, porém, completa serenidade de espírito, porque, em todo o bom combate, repousaram o pensamento no seio amoroso de Deus. Outros há que aplaudem o mal, numa falsa atitude de tolerância, para lhe sofrer amanhã os efeitos destruidores. Os verdadeiros discípulos das verdades do céu, esses não aprovam o erro, nem exterminam os que os sustentam. Trabalham pelo bem, porque sabem que Deus também está trabalhando. O Pai não tolera o mal e o combate, por muito amar a seus filhos. Vê, pois, Zebedeu, que o nosso reino é de trabalho perseverante pelo bem real da Humanidade inteira.
Enquanto os dois apóstolos fitavam em Jesus os olhos calmos e venturosos, Zebedeu o contemplava como se tivesse à sua frente o maior profeta do seu povo.
— Grande reino! — exclamou o velho pescador e, dando expansão ao entusiasmo que lhe enchia o coração, disse, ditoso:
- Senhor! Senhor! trabalharemos convosco, prega o vosso Evangelho, aumentaremos o número dos seguidores!...
Ouvindo estas últimas palavras, o Mestre elucidou, ênfase nas suas expressões:
Ouve, Zebedeu! nossa causa não é a do número; verdade e do bem. É certo que ela será um dia a do mundo inteiro, mas, até lá, precisamos esmagar do mal sob os nossos pés. Por enquanto, o pertence aos movimentos da iniqüidade. Á mentira e a tirania exigem exércitos e monarcas, espadas e riquezas imensas para dominarem as criaturas. O amor, porém, a de toda a glória e de toda a vida, pede um e sabe ser feliz. A impostura reclama interminável defensores, para espalhar a destruição; basta, no entanto, um homem bom para ensinar a verdade de exaltar-lhe as glórias eternas, confortando a infinita
legião de seus filhos. Quem será maior perante Deus? dão que se congrega para entronizar a tirania, esmagando os pequeninos, ou um homem sozinho e bem-intencionado que com um simples sinal salva uma barca de pescadores?
Empolgado pela sabedoria daquelas considerações, Zebedeu perguntou:
Senhor, então o Evangelho não será bom para todos?
Em verdade — replicou o Mestre —, a mensagem Nova é excelente para todos; contudo, nem todos os homens são ainda bons e justos para com ela. É por isso que o Evangelho traz consigo o fermento da renovação e é ainda por isso que deixarei o júbilo e a energia como se as melhores armas aos meus discípulos. Exterminando o mal e cultivando o bem, a Terra será para nós um campo de batalha. Se um companheiro cair na luta, foi o mal que tombou, nunca o irmão que, para nós outros, estará sempre de pé. Não repousaremos até ao dia da vitória final. Não nos deteremos numa falsa contemplação de Deus, à margem do caminho, porque o Pai nos falará através de todas as criaturas trazidas à boa estrada; estaremos juntos na tempestade, porque aí a sua. voz se manifesta com mais retumbância. Alegrar-nos-emos nos instantes transitórios da dor e da derrota, porque aí o seu coração amoroso nos dirá: "Vem, filho meu, estou nos teus sofrimentos com a luz dos meus ensinos!" Combateremos os deuses dos triunfos fáceis, porque sabemos que a obra do mundo pertence a Deus, compreendendo que a sua sabedoria nos convoca para completá-la, edificando o seu reino de venturas sem-fim no íntimo dos corações.
***
Jesus guardou silêncio por instantes. João e Tiago se lhe aproximaram, magnetizados pelo seu olhar enérgico e carinhoso. Zebedeu, como se não pudesse resistir à própria emotividade, fechara os olhos, com o peito oprimido de júbilo. Diante de si, num vasto futuro espiritual, via o reino de Jesus desdobrar-se ao infinito. Parecia ouvir a voz de Abraão e o eco grandioso de sua posteridade numerosa. Todos abençoavam o Mestre num hino glorificador. Até ali, seu velho coração conhecera a lei rígida e temera Jeová com a sua voz de trovão sobre as sarças de fogo; Jesus lhe revelara o Pai carinhoso e amigo de seus filhos, que acolhe os velhos, os humildes e os derrotados da sorte, com uma expressão de bondade sempre nova. O velho pescador de Cafarnaum soltou as lágrimas que lhe rebentavam do peito e ajoelhou-se. Adiantando-se-lhe, Jesus exclamou:
— Levanta-te, Zebedeu! os filhos de Deus vivem de pé para o bom combate!
Avançando, então, dentro da pequena sala, o pai dos apóstolos tomou a destra do Mestre e a umedeceu com as suas lágrimas de felicidade e de reconhecimento, murmurando:
— Senhor, meus filhos são vossos.
Jesus, atraindo-o docemente ao coração, lhe afagou os cabelos brancos, dizendo:
— Chora, Zebedeu! porque as tuas lágrimas de hoje são formosas e benditas!... Temias a Deus; agora o amas; estavas perdido nos raciocínios humanos sobre a lei; agora, tens no coração a fonte da fé viva!
Fonte:
Livro Boa Nova

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domingo, 8 de maio de 2011

Em Louvor das Mães

O lar é a célula ativa do organismo social e a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a própria vida. Se a criança é o futuro, no coração das mães repousa a sementeira de todos os males do povir.
O homem é o pensamento.
A mulher é o ideal.
O homem é a oficina.
A mulher é o santuário.
O homem realiza.
A mulher inspira
Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento da terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.
Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime, constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos centros espíritas novos lares de idealismo superior que buscamos na boa nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.
Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimônios materiais na gleba planetária, não podemos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da ESPERANÇA, TERNURA E AMOR, e descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.
Glorifiquemos, desse modo. o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se dignou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humildade e ao bem, à renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.
Emmanuel
Fonte
Livro: Mãe


Primeiras Pregações

Nos primeiros dias do ano 30, antes de suas gloriosas manifestações, avistou-se Jesus com o Batista, no deserto triste da Judéia, não muito longe das areias ardentes da Arábia. Ambos estiveram juntos, por alguns dias, em plena Natureza, no campo ríspido do jejum e da penitência do grande precursor, até que o Mestre Divino, despedindo-se do companheiro, demandou o oásis de Jericó, uma
bênção de verdura e água, entre as inclemências da estrada agreste. De Jericó dirigiu-se então a Jerusalém, onde repousou, ao cair da noite.
Sentado como um peregrino, nas adjacências do templo, Jesus foi notado por um grupo de sacerdotes e pensadores ociosos, que se sentiram atraídos pelos seus traços de formosa originalidade e pelo seu olhar lúcido e profundo. Alguns deles se afastaram, sem maior interesse, mas Hanan, que seria, mais tarde, o juiz inclemente de sua causa, aproximou-se do desconhecido e dirigiu-se-lhe com orgulho:
– Galileu, que fazes na cidade?
– Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus! – Exclamou o Cristo, com modesta nobreza.
– Reino de Deus? – tornou o sacerdote com acentuada ironia – E que pensas tu venha a ser isso?
– Êsse Reino é à obra divina no coração dos homens! – Esclareceu Jesus, com grande serenidade.
– Obra divina em tuas mãos? – Revidou Hanan, com uma gargalhada de desprezo.
E, continuando as suas observações irônicas, perguntou:
– Com que contas para levar avante essa difícil empresa? Quais são os teus seguidores e companheiros?... Acaso terás conquistado o apoio de algum príncipe desconhecido e ilustre, para auxiliar-te na execução de teus planos?
– Meus companheiros hão de chegar de todos os lugares. – Respondeu o Mestre com humildade.
– Sim – observou Hanan – os ignorantes e os tolos estão em toda parte da Terra. Certamente que êsse representará o material de tua edificarão. Entretanto, propões-te realizar uma obra, divina e já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?
– Sacerdote – replicou-lhe Jesus, com energia serena – nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade sincera.
Impressionado com a resposta firme e inteligente, o famoso juiz ainda interrogou:
– Conheces Roma ou Atenas '?
– Conheço o amor e a verdade. – Disse Jesus convictamente.
– Tens ciência dos códigos da Corte Provincial e das leis do Templo? – Inquiriu Hanan, inquieto.
– Sei qual é a vontade de meu Pai que está nos céus. – Respondeu o Mestre, brandamente.
O sacerdote o contemplou irritado e, dirigindo-lhe um sorriso de profundo presprêzo, demandou a Torre Antônia, em atitude de orgulhosa superioridade.
No dia seguinte, pela manhã, o mesmo formoso peregrino foi ainda visto a contemplar as maravilhas do santuário, antes alguns minutos de internar-se pelas estradas banhadas de sol, a c aminho de sua Galiléia distante.
***
Daí a alguma tempo, depois de haver passado por Nazaré, descasando igualmente em Caná, Jesus se encontrava nas circunvizinhanças da cidadezinha de Cafarnaum, como se procurasse, com viva atenção, algum amigo que estivesse à sua espera.
Em breves instantes, ganhou as margens do Tiberíades e se dirigiu; resolutamente, a um grupo alegre de pescadores, como se, de antemão, os conhecesse a todos.
A manhã era bela, no seu manto diáfano de radiosas neblinas. As águas transparentes vinham beijar os eloendros da praia, como se brincassem ao sopro das virações perfumadas da Natureza.
Os pescadores ecoavam- uma cantiga rude e, dispondo inteligentemente as barcaças móveis, deitavam as redes, em meio ele profunda alegria.
Jesus aproximou-se do grupo e, assim que dois deles desembarcaram em terra, falou-lhes com amizade :
– Simão e André, filhos de Jonas, venho da parte de Deus e vos convido a trabalhar pela instituição de seu reino na Terra!
André lembrou-se de já o ter visto, nas cercanias de Betsaida e do que lhe haviam dito a seu respeito, enquanto que Simão, embora agradàvelmente surpreendido, o contemplava, enleado. Mas, quase a um só tempo, dando expansão aos seus temperamentos acolhedores e sinceros, exclamaram, respeitosamente :
– Sede benvindo!...
Jesus então lhes falou docemente do Evangelho, com o olhar incendido de júbilos divinos.
Estando muitos outros companheiros do lago a observar de longe os três, André, manifestando a sua tocante ingenuidade, exclamou comovido :
– Um rei? Mas em Cafarnaum existem. Tão poucas casas....
Ao que Pedro obtemperou, como se a boa vontade devesse suprir tôdas as deficiências:
O lago é muito grande e há, várias aldeias circundando estas águas. O reino poderá abrangê-las todas! -
Isso dizendo, fixou em Jesus o olhar perquiridor, como se fora uma grande criança meiga, e sincera, desejosa de demonstrar, compreensão e bondade. O Senhor esboçou um sorriso sereno e, como se adiasse com prazer as suas explicações para mais tarde, inquiriu generosamente :
– Quereis ser meus discípulos?
André e Simão se interrogaram a si mesmos,permutando sentimentos de admiração embevecida. Refletia Pedro: que homem seria, aquele? Onde já lhe escutara o timbre carinhoso da voz íntima e familiar? Ambos os pescadores se esforçavam por dilatar o domínio de suas lembranças, de modo a encontrá-la nas recordações mais queridas. Não sabiam, porém, como explicar aquela fonte de confiança e de amor que lhes brotava no âmago do espírito e, sem hesitarem, sem uma sombra de dúvida, responderam simultaneamente :
– Senhor, seguiremos os teus passos.
Jesus os abraçou com imensa ternura e, como os demais companheiros se mostrassem admirados e trocassem entre aí ditérios ridicularizadores, o Mestre acompanhado de ambos e de grande grupo de curiosos, se encaminhou para o centro de Cafarnaum, onde se erguia a Intendência de Antipas. Entrou calmamente na coletoria e, avistando um funcionário culto, conhecido publicano da cidade, perguntou-lhe:
– Que fazes tu, Levi?
O interpelado fixou-o com surpresa ; mas, seduzido pelo suave magnetismo de seu olhar, respondeu sem demora :
– Recolho os impostos do povo, devidos a Herodes.
– Queres vir comigo para recolher os bens do céu? – Perguntou-lhe Jesus, com firmeza e doçura.
Levi, que seria mais tarde o apóstolo Mateus, sem que pudesse definir as santas emoções que lhe dominaram a alma, atendeu comovido:
– Senhor, estou pronto!...
– Então, vamos. – Disse Jesus, abraçando-o.
Em seguida, o numeroso grupo se dirigiu para a casa de Simão Pedro, que oferecera ao Messias acolhida sincera em sua residência humilde, onde o Cristo fez a primeira exposição de sua consoladora doutrina, esclarecendo que a adesão desejada era a do coração sincero e puro, para sempre, às claridades do seu reino. Iniciou-se naquele instante a eterna união dos inseparáveis companheiros.
***
Na tarde desse mesmo dia, o mestre fez a primeira pregação da Boa-Nova na praça ampla cercada de verdura e situada naturalmente junto às águas.
No céu, vibravam harmonias vespertinas, como se a tarde possuísse também uma alma sensível. As árvores vizinhas acenavam os ramos verdes ao vento do crepúsculo, como mãos da Natureza que convidassem os homens à celebração daquele primeiro ágape. As aves ariscas pousavam de leve nas alcaparreiras mais próximas, como se também desejassem senti-lo, e na praia extensa se acotovelava a grande multidão de pescadores rústicos, de mulheres aflitas por continuadas flagelações, de crianças sujas e abandonadas, misturados publica-nos pecadores com homens analfabetos e simples que haviam acorrido, ansiosos por ouvi-lo.
Jesus contemplou a multidão e enviou-lhe um sorriso de satisfação. Contrariamente às ironias de Hanan, ele aproveitaria o sentimento como mármore precioso e a boa vontade como cinzel divino. Os ignorantes do mundo, os fracos, os sofredores, os desalentados, os doentes e os pecadores seriam em suas mãos o material de base para a sua construção eterna e sublime. Converteria toda miséria e toda dor num cântico de alegria e, tomado pelas inspirações sagradas de Deus, começou a falar da maravilhosa beleza do seu reino. Magnetizado pelo seu amor, o povo o escutava num grande transporte de ventura. No céu, havia uma vibração de claridade desconhecida.
Ao longe, no firmamento de Cafarnaum, o horizonte se tornara um deslumbramento de luz e, bem no alto, na cúpola dourada e silenciosa, as nuvens delicadas e alvas tornavam a forma suave das flores e dos arcanjos do Paraíso.
Fonte:
Livro Boa Nova