Quem é o Evangelizando?
O evangelizando é um ser espiritual, criado por Deus e que participa dos dois planos da vida: do físico e do espiritual.
Nesse processo de autoaperfeiçoamento, o educando se transforma e transforma a realidade que o circunda.
Nesse processo de autoaperfeiçoamento, o educando se transforma e transforma a realidade que o circunda.
Como foco do processo educativo, deve ser visto de forma integral, ao mesmo tempo que integrado com seu grupo social e com a Natureza, da qual faz parte.
Quem é a Criança?
[...] a criança e o jovem evangelizados agora são, indubitavelmente, aqueles cidadãos do mundo, conscientes e alertados, conduzidos para construir, por seus esforços próprios, os verdadeiros caminhos da felicidade na Terra.
Guillon Ribeiro 1
A criança é um Espírito reencarnado, dotado de habilidades desenvolvidas ao longo de suasmúltiplas existências, bem como de necessidades em fase de aperfeiçoamento.
A Evangelização no período da infância representa ação relevante e imperiosa, capaz de contribuir com o processo de aprimoramento da criança, considerando-se que:
- Encarnando, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo (O Livro dos Espíritos, questão 383); e que
- [...] o Espírito da criança pode ser muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as imperfeições de que se não tenha despojado em suas precedentes existências (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 8, it. 3).
Considerando a criança como ser histórico — herdeiro de experiências pretéritas — e eterno, em constante processo de aprimoramento, o tempo presente mostra-se favorável ao correto investimento na alma infantil, fortalecendo-a para a jornada reencarnatória e apontando roteiros seguros pautados na vivência do amor. Nesse sentido, Amélia Rodrigues 2 alerta-nos que evangelizar é trazer Cristo de volta ao solo infantil como bênção de alta magnitude, convidando a todos para uma ação condizente e coerente com a mensagem cristã.
Quem é o Jovem?
A criança é sementeira que aguarda, o jovem é campo fecundado, o adulto é seara em produção. Conforme a qualidade da semente, teremos a colheita.
Amélia Rodrigues 3
O jovem é um Espírito em fase de desenvolvimento, definições e escolhas. A juventude é um período propício à reflexão acerca da vida e ao alinhamento dos objetivos reencarnatórios, mediante os contextos e as possibilidades que se apresentam, convidando o jovem ao exercício do autoconhecimento, da reforma íntima e ao cultivo de atitudes responsáveis por meio do seu livre-arbítrio e do reconhecimento da Lei de Causa e Efeito. Identifica-se, nesse momento, o benéfico efeito do estudo e da vivência da mensagem cristã desde a fase da infância, cujo conhecimento fortalece as almas infantojuvenis para a adequada tomada de decisões e para a escolha de caminhos saudáveis e coadunados aos ensinamentos espíritas.
A ação orientadora da Evangelização é destacada por Guillon Ribeiro², ao afirmar que “sua ação preventiva evitará derrocadas no erro, novos desastres morais”; e por Francisco Thiesen 4, ao expor que:
Dignificados pelo conhecimento e vivência dos postulados espíritas-cristãos que aprenderam na Infância e na Juventude, enfrentam melhor os desafios que os surpreendem, ricos de esperança e de paz, sem se permitirem afligir ou derrapar nas valas do desequilíbrio, da agressividade, da delinquência.
Afeto, criatividade, movimento, idealismo, arte e informação são alguns dos muitos elementos que permeiam o mundo jovem e que, associados ao conhecimento espírita e à vivência dos ensinamentos cristãos, contribuem para a formação de verdadeiras pessoas de bem.
Quem é o Evangelizador
Abençoados os lidadores da orientação espírita, entregando-se afanosos e de boa vontade ao plantio da boa semente!
Guillon Ribeiro1
Considerando-se que o coração infantojuvenil é abençoado solo onde se deve albergar a sementeira de vida eterna (Vianna de Carvalho), a evangelização espírita apresenta-se como verdadeiro campo de semeadura e o evangelizador como responsável semeador.
Sua ação deve ser pautada nos princípios da fraternidade, do afeto e da fidelidade doutrinária, de modo a oportunizar às crianças e aos jovens momentos de aprendizado e de convívio com vistas ao conhecimento espírita e à vivência dos ensinamentos de Jesus.
Sensibilidade, coerência, empatia, responsabilidade, conhecimento, alegria e zelo são algumas das características dos evangelizadores, que buscam a construção de espaços interativos de aprendizado e de confraternização junto aos evangelizandos.
Para tanto, o evangelizador deve valer-se da adequada e contínua preparação pedagógica e doutrinária, para que
[...] não se estiolem sementes promissoras ante o solo propício, pela inadequação de métodos e técnicas de ensino, pela insipiência de conteúdos, pela ineficácia de um planejamento inoportuno e inadequado. Todo trabalho rende mais em mãos realmente habilitadas.” (Guillon Ribeiro 1).
Mediante a relevância da ação evangelizadora, Bezerra de Menezes2 sintetiza o caminho a ser trilhado, afirmando que “com Jesus nos empreendimentos do Amor e com Kardec na força da Verdade, teremos toda orientação aos nossos passos, todo equilíbrio à nossa conduta”, e convida a todos para abraçarem, com empenho e afinco, a tarefa de evangelização junto às almas infantojuvenis, “com a mesma ansiedade e presteza com que o agricultor cedo acorda para o arroteamento do solo, preparando a sementeira de suas esperanças para abundantes messes da colheita pretendida”.
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