O canadense Ryan Hreljac conta
como, aos seis anos de idade, abraçou a causa de levar água a quem não tem acesso a ela.
Ryan Hreljac aconselha outros jovens a abraçar uma ideia com paixão e não desistir nunca. |
Com apenas seis anos de idade, o
canadense Ryan Hreljac, hoje com 20 anos, deu início a um projeto que mudou não
só sua vida, mas também as de milhares pessoas que nem conhecia. Tudo começou
com uma descoberta que virou de ponta-cabeça sua concepção infantil do mundo.
Em 1998, sua professora, a Sra. Prest, relatou em sala de aula que milhões de
cidadãos de diversos países não tinham o mesmo padrão de vida que ele e seus
colegas. Ryan ficou chocado ao descobrir que muitos se viam obrigados a
caminhar por horas apenas para conseguir água, uma coisa que era banal para ele
– e, muitas vezes, aquilo a que tinham acesso era mais parecido com lama. A
Sra. Prest estimou, com base em sua experiência local, que talvez fosse
possível construir poços nessas localidades a um custo unitário de 70 dólares.
Ryan voltou da escola cheio de ideias.
Hoje, Ryan tem 20 anos e estuda
no curso de Desenvolvimento Internacional e Ciência Políticas do King’s College
em Halifax, na costa leste do Canadá. Ele amadureceu as ideias que teve aos
seis anos e hoje lidera uma fundação que possui seu nome: a ‘Ryan´s Well’ (ou
‘O poço de Ryan’, na tradução para o português). Criada em 2001, do alto dos
dez anos de Ryan, a instituição já ajudou a construir mais de 700 poços e 900
latrinas em todo o mundo em desenvolvimento, levando água potável e saneamento
básico para mais de 745.000 pessoas.
Você era tão jovem
quando começou a angariar dinheiro para projetos na África. Como essa ideia
surgiu?
A ideia surgiu em janeiro de
1998, quando tinha seis anos de idade e pensava que todas as crianças do mundo
viviam como eu. Certo dia, começamos a falar na sala de aula sobre os países em
desenvolvimento. A minha professora, a Sra. Prest, nos explicou que as pessoas
desses locais não possuem a maioria das coisas que temos aqui no Canadá. E ela
não parou por aí. Relatou que alguns africanos andavam por horas somente para
conseguir um pouco de água suja. Disse ainda que muitos estavam doentes e que
alguns morriam por falta de acesso a água potável. Fiquei simplesmente chocado
e muito triste.
A Sra. Prest havia dito que 70
dólares seriam suficientes para construir um poço na África. Então fui para
casa todo esperançoso e pedi para meus pais ajudarem. Lógico. Eles disseram, no
entanto, que eu mesmo poderia fazer tarefas extras para ganhar o dinheiro. Daí,
eu trabalhei por quatro meses para ganhar os 70 dólares. Soube depois que o
“meu poço” iria custar 2 mil dólares para ser aberto em um lugar como Uganda.
Com isso, aprendi que o problema era muito maior do que eu tinha percebido.
Decidi prosseguir e meu projeto de criança tornou-se a Fundação Ryan´s Well.
O que o convenceu tão
cedo de que poderia fazer a diferença?
Tudo que tinha de fazer para
chegar ao bebedouro e ter água limpa era dar nove ou dez passos. Era fácil
demais. Antes daquele dia na escola, achava que todo mundo vivia como eu.
Quando descobri que não, decidi que tinha que fazer algo. Então, além das
minhas tarefas extras, comecei a contar a familiares e amigos sobre a crise da
água na África na tentativa de arrecadar dinheiro para abrir poços.
Seus pais o
influenciaram?
Sem minha família, nada do meu
trabalho teria sido possível. Eles não me deram os 70 dólares que eu precisava,
mas disseram que tinha de ganhar com próprio esforço. Foi uma lição fundamental.
Desde então, comecei a trabalhar no meu projeto e a falar às pessoas para
aumentar a conscientização sobre as questões da água. No início da Ryan´s Well,
o escritório era no porão de nossa casa. Agora temos um pequeno escritório em
endereço próprio com uma equipe de sete pessoas: três ficam em tempo integral e
quatro trabalham meio período. Contamos ainda com a ajuda preciosa de muitos
voluntários.
E como era para uma
criança atrair parceiros para o projeto?
Nunca pensei que não poderia
fazer isso. Mesmo sendo garoto, fui falar em clubes e nas salas de aula sobre o
projeto. Contei a quem quisesse ouvir a minha história. Tudo com o intuito de
arrecadar dinheiro para o meu primeiro poço e depois outro, e outro, e outro.
Quais são suas
recomendações para jovens com
ideias inovadoras, que tenham perfil de liderança e queiram fazer a diferença
no mundo?
Eu sempre pensei que o mundo é
como um quebra-cabeça bem grande e todos temos de descobrir onde nossa peça se
encaixa. Para mim, é água. Portanto, meu conselho a alguém que queira fazer uma
mudança positiva no mundo, é encontrar algo que lhe traga paixão e, depois,
siga nessa linha. Eu era apenas uma criança quando comecei a agir. Espero
que minha história seja um exemplo de que todos podemos fazer a diferença.
Mantenha sua ideia, mantenha acesa sua paixão, e nunca desista. Não importa
quem você seja, onde você mora ou o que faz. Aliás, nunca é cedo demais para
mudar o mundo.
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Esse homem com apenas seis anos
de idade teve essa ideia de ajudar aqueles que não têm água potável e hoje com
20 anos já tem uma empresa que ajuda essas pessoas, ele nunca desistiu do seu
sonho ele teve que suar pra conseguir o dinheiro com esforço e perseverança e
agora tem poços construídos por ele em varias partes do mundo, ele conseguiu
fazer a sua parte pra tornar a terra um mundo melhor a todos. Então vamos
amigos vamos mudar o mundo também mesmo que seja uma atitude que não mude muita
coisa como pegar uma latinha de refrigerante e colocar no lixo ou levar pra
reciclagem mesmo que não ajude muito você esta fazendo a sua parte pra tornar a
terra um mundo melhor e sempre começamos com pequenas atitudes ele com seis
anos buscou ajudar o próximo e nunca desistiu de seu sonho então vamos amigos
vamos mudar o mundo e fazer da terra um mundo melhor para todos.
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