sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Sistema de Capela – A Civilização Egípcia

Fala pessoal eu havia falado numa postagem sobre o sistema de capela e nele eu havia falado sobre quatro grandes povos que constituíam as raças adâmicas e nesta postagem retirei do livro “A caminho da Luz” um resumo sobre a civilização egípcia. Dentre os espíritos degredados na terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do bem e no culto da verdade. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram no íntimo uma pátria distante. Um único desejo os animava que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral. Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução da época não comportava. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação. Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminetes conheciam o roteiro que a humanidade terrestre teria de realizar. Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus único e absoluto, pai de todas as criaturas e providencia de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência. Um dos traços essenciais desse grande povo foi à preocupação insistente e constante da Morte. A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Era natural. O grande povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do pretérito, criou a teoria de metempsicose, acreditando que alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos deuses. Os estudos de suas artes pictórias positivam a veracidade destas nossas afirmações. Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu degredo na terra atingia o fim. Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciaticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudo e iniciação, ao mesmo tempo que constituiriam, para os pósteros, um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridades do povir. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de espíritos estudiosos das verdades da vida. Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos. Com o seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis.        
Miguel Rebelo – C.E.C.R
Texto retirado do Cap. IV do Livro “A Caminho da Luz”.

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