quarta-feira, 13 de abril de 2011

Conversas Familiares de Além - Túmulo




Mozart
Um dos nossos assinantes nos comunica as duas conversas seguintes que ocorreram com Espírito de Mozart. Não sabemos nem onde e nem quando essas conversas tiveram lugar; não conhecemos nem os interrogadores, nem o médium; nelas somos pois, completamente estranhos. Apesar disso, notar-se-á a concordância perfeita que existe entre as respostas obtidas e as que foram dadas por outros espíritos, sobre diversos pontos capitais da Doutrina, em circunstâncias diferentes, seja a nós, seja as outras pessoas, e que narramos em nossos fascículos precedentes, e em O Livro dos Espíritos. Chamamos, sobre semelhança, toda a atenção dos nossos leitores, que dela tirarão a conclusão que julgarem a propósito. Aqueles, pois, que poderiam ainda pensar que as respostas às nossas perguntas podem ter o reflexo de nossa apinião pessoal, verão por aí se, nessa ocasião, pudemos exercer uma influência qualquer. Felicitamos as pessoas que fizeram essas entrevistas pela maneira com que as perguntas estão postas. Apesar de certas faltas que decorrem da inexperiência dos interlocutores, em geral, estão formuladas com ordem, clareza e precisão, e não se afastam da linha seria; é uma condição essencial para se obter boas comunicações. Os espíritos elevados vão às pessoas sérias que querem se esclarecer de boa-fé; os espíritos levianos se divertem com as pessoas frívolas.
PRIMEIRA CONVERSA
  1. Em nome de Deus, Espírito de Mozart, estás aqui? - R. Sim
  2. Por que antes Mozart do que um outro espírito? - R. Foi a mim que haveis evocado: eu vim.
  3. Que entendeste pela palavra Alma? - R. A Centelha Divina.
  4. E por espírito? - R. O espírito e a alma uma mesma coisa.
  5. A alma, enquanto espírito imortal, tem consciência do ato da morte, e consciência dela mesma, ou do eu, imediatamente depois da morte? - R. A alma nada sabe do passado e não conhece o futuro senão depois da morte do corpo; então vê sua vida passada e suas últimas provas; escolhe a sua nova expiação, por uma vida nova, e a prova que vai suportar, também não deve se lamentar do que se sofre na terra, e deve suportá-la com coragem.
  6. A alma se encontra, depois da morte, desligada de todo elemento, de todo laço terrestre? - R. De todo elemento, não; ela tem ainda um fluido que lhe é próprio, que haure na atmosfera do seu planeta, e que representa a aparência da sua última encarnação; os laços terrestres não lhe são mais nada.
  7. Não leva nada com ela deste mundo? - R. Nada senão a lembrança de suas boas ações, o arrenpedimento de suas faltas, e o desejo de ir para um mundo melhor.
  8. Nosso globo terrestre é o primeiro de seus degraus, o ponto de partida, ou viemos de mais baixos? - R. Há dois globos antes do vosso que é um dos menos perfeitos.
  9. Qual é o mundo que habitas? - R. Júpiter. Nele gozo de uma grande calma; amo todos aqueles que me cercam; não temos mais ódio.
SEGUNDA CONVERSA
O interlocutor não é o mesmo. Julga-se, pela natureza da conversação, tratar-se de um artista músico, feliz por conversar com um mestre. Após diversas questões que cremos inútil relatar, Mozart diz:
1. O que é melodia? - R. Frequentemente, é para ti uma lembrança da vida passada; teu espírito se lembra do que entreviu num mundo melhor. No planeta onde estou, Júpiter, a melodia está por toda parte, no murmúrio da água, o ruído das folhas, o canto do vento; as flores murmuram e cantam; tudo emite sons melodiosos. Sê bom; ganha esse planeta pelas tuas virtudes; escolheste bem  cantando Deus: a música religiosa ajuda elevação da alma. Quanto gostaria de poder vos inspirar o desejo de ver esse mundo onde se é tão feliz! Está pleno de caridade; tudo ali é belo! A natureza tão admirável! Tudo vos inspira de estar com Deus.
2. Nossa música é a mesma nos outros planetas? - R. Não; nenhuma musica pode vos dar a idéia de música que temos ali; é divina! Ó felicidade! merece gozar de semelhantes harmonias: luta; coragem! Não temos instrumentos; são as plantas, os pássaros que são os coristas. Nos mundos mais superiores isso é ainda mais sublime.
3.Qual a duração de um espírito encarnado em outro planeta, que não seja o nosso? - R. Curta nos planetas inferiores; mais longa nos mundos como aquele onde tenho a felicidade de estar; em média, em júpiter, ela é de trezentos a quinhentos anos.
4. O que entendes pelo universo? Teve começo e terá um fim? - R. O universo, segundo vós, é vossa terra! Insensatos! O universo não teve começo e não terá fim; pensai que é obra inteira  de Deus; o universo é o infinito.

5.Compreendes melhor do que nós o que é a eternidade? – R. Sim, sim, não podeis compreendê-la tendo um corpo.
6. Obrigado Mozart; adeus. – R. Crede, crede que ali estou... Sou feliz... Crede que há mundos acima do vosso... Crede em Deus...

As duas conversas com o Espírito de Mozart foram tiradas da “Revista Espírita. Ano 1. Nº.5”.

Se você quer ler as duas entrevistas completas e não tem esse exemplar da Revista Espírita, você a encontrara na área de downloads do blog.

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