INTRODUÇÃO
A Constelação do Cocheiro
apresenta uma grande estrela que recebeu o nome de Cabra ou CAPELA. A
constelação é formada por um grupo de várias estrelas com grandezas diferentes,
entre as quais se encontra CAPELA, que é de primeira grandeza, ou seja, a alfa
da Constelaçao.
CAPELA é muitas vezes
maior que o nosso Sol e se ele trocasse de lugar com Capela, nós mal o
perceberíamos devido á distância que nos separa do Cocheiro. A constelação do
Cocheiro dista cerca de 45 anos-luz da Terra, que transformados em quilômetros
nos levaria ao número 4.527 seguido de 11 zeros,.
CAPELA está situada no
hemisfério boreal e limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince, e,
quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêmeos e Touro.
Conhecida desde a
antigüidade, CAPELA é uma estrela gasosa, de matéria tão fluiídica que sua
densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos, segundo afirmou o
astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddigton (1882-1944).
A caminhada do homem em
seu processo evolutivo tem sido longa e árdua. Para atingir o complexo de suas
perfeições biológicas na Terra, teve o concurso de Espíritos exilados de um
mundo melhor para o orbe terráqueo, Espíritos esses que se convencionou chamar
de componentes da raça adâmica, que foram em tempos remotíssimos desterrados
para as sombras e para as regiões selvagens da Terra, porque a evolução
espiritual do mundo em que viviam não mais a tolerava, em virtude de suas
reincidências no mal.
Naquela época a Terra era
habitada pelos "Primata hominus", vivendo dento de cavernas, usando
instrumentos de sílex e por seu aspecto se aproximavam bastante do
"Pithecantropus erectus". Foram então, as entidades espirituais que
levando em consideração a necessidade de evolução do planeta, imprimiram um
novo fator de organização às raças primigênias, dotando-as de novas combinações
biológicas, visando o aperfeiçoamento do organismo humano. Quando essa operação
transformadora se consumou fora da Terra, no astral planetário ou em algum
mundo vizinho, estava criada a raça humana, com todas as características e
atributos inciais, a PRIMEIRA RAÇA-MÃE, que a tradição espiritual oriental
definiu como : "espíritos ainda inconscientes, habitando corpos fluídicos,
pouco consistentes".
A SEGUNDA RAÇA-MÃE o
planeta já se encontrava no final do seu terceiro período geológico, e já
oferecia condições de vida favoráveis para seres humanos encarnados, uma vez
que o trabalho de integração de espíritos animalizados nos corpos fluídicos já
se processara. A SEGUNDA RAÇA- MÃE é descrita pela tradição esotérica como :
"espíritos habitando formas mais consistentes, já possuidores de mais
lucidez e personalaidade", porém ainda não fisicamente humanos. Esta
segunda raça deve ser considerada como pré-adâmica. Eram ainda grotescos como
seus antecessores símios, animilizados, peludos, enormes cabeças pendentes para
a frente, braços longoss que quase tocavam os joelhos, andar trôpego e
vacilante e olhas inexpressivo, onde predominavam a desconfiança e o medo. Alimentavam-se
de frutas e raízes; viviam isolados, escondidos nas matas e rochas, fugindo uns
dos outros. Não havia ainda laços de afetividade entre eles e procriavam-se
indistintamente- ainda não eram humanos.
Sua evolução durou
milênios, até que houvesse adaptação ao meio ambiente e um lento e custoso
desabrochar da inteligência. Não havia ainda noção de família, não possuindo
ainda qualquer noção de construção de abrigos, viviam em grutas e cavernas.
Mais, tarde a necessidade de defenderem-se das feras e ou de outros grupos,
levou-os a criar laços mais fortes entre aqueles que compartilhavam a mesma
caverna ou grupos de cavernas e grutas, vindo assim a surgir a primeira noção
de tribo ou grupo familiar. Regras começam a ser estabelecidas para o convívio
visando a subsitência, procriação e defesa comum.
Em pleno período
quaternário, ocorreu um resfriamento súibito da atmosfera, formando-se geleiras
que cobriam a Terra. O homem ainda mal adaptado ao ambiente hostil, teve seus
sofrimentos agravados com o frio intenso que adveio. Passou então a cobrir-se
com peles de animais que abatia. Foi então que o institnto e as inspirações dos
Asistentes Invisíveis levaram o homem à descoberta providencial do fogo. Esse
elemento precioso ofereceu ao homem novos recursos de sobrevivência e conforto.
Prosseguindo o homem em
sua caminhada evolutiva,, aperfeiçoando-se, deu ensejo ao surgimento da
TERCEIRA RAÇA- MÃE, - com características físicas diferentes- porte agigantado,
cabeça mais bem conformada e mais ereta, braços mais curtos e pernas mais
longas, que caminhavam com mais aprumo e segurança. Em seus olhos surgem aogra
mais acentuados lampejos de entendimento. Nasceram eles principalmente na
Lemúra e na Ásia, eram nômades, prevalencendo entre eles a lei do mais forte.
Porém, formavam já sociedades mais estáveis e numerosas, com chefes ou
patriarcas. No que diz respeito ao aspecto religioso, eram ainda absolutamente
ignorantes e fetichistas, pois adoravam por temor ou superstição as forças ou
fenômenos que não podiam explicar, transformando-os em elementos bons ou maus-
a serem idolatrados ou temidos.
Com a identificação de
núcleos de homens primitivos já biologicamente apurados e prontos para receber
os capelinos, foi iniciada então a série de "reencarnações punitivas
" dos capelinos que veio a provocar sensível modificação no ambiente
terrestre e o contraste material e intelectual entre os recém-encarnados e os
homens , levou estes últimos a considerarem os capelinos como super-homens,
semideuses e este passaram a dominar os "terrícolas". No entato, o
impulso trazido pelos capelinos logo se fez notar em toda a incipiente
civilização terrestre. Cidades começaram ser construídas, costumes mais brandos
foram adotados, primeiros rudimentos de leis surgiram, utilização dos
metais,etc.
Extraído do livro "Os Exilados da
Capela", Edgar Armond, Editora Aliança.
As raças adâmicas- Os Exilados de Capela
O SISTEMA DE CAPELA
Nos mapas zodiacais, que
os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma
grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de
Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela,
na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família
de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado. A sua luz gasta cerca de
42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular
distância existente entre a Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o
espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.
Quase todos os mundos que
lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as
condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras
dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré históricas de sua existência,
marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais
comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção
do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.
UM MUNDO EM TRANSIÇÕES
Há muitos milênios, um
dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre,
atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.
As lutas finais de um
longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco,
relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de
civilização.
Alguns milhões de
Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a
consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e
virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que
fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos
As grandes comunidades
espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas
entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde
aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as
grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos
seus irmãos inferiores.
ESPÍRITOS EXILADOS NA
TERRA
Foi assim que Jesus
recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres
sofredores e infelizes. Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas
almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de
solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas.
Mostrou-lhes os campos
imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da
sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas
santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e
prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados
e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os
seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura
do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e
da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a
lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos séculos não
veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e
confortados na sua imensa misericórdia.
FIXAÇÃO DOS CARACTERES
RACIAIS
Com o auxílio desses
Espíritos degredados, naquelas eras remotíssimas, as falanges do Cristo
operavam ainda as últimas experiências sobre os fluidos renovadores da vida,
aperfeiçoando os caracteres biológicos das raças humanas. A Natureza ainda era,
para os trabalhadores da espiritualidade, um campo vasto de experiências
infinitas; tanto assim que, se as observações do mendelismo fossem transferidas
àqueles milênios distantes, não se encontraria nenhuma equação definitiva nos
seus estudos de biologia. A moderna genética não poderia fixar, como hoje, as
expressões dos "genes", porquanto, no laboratório das forças
invisíveis, as células ainda sofriam longos processos de acrisolamento,
imprimindo-se-lhes elementos de astralidade, consolidando-se-lhes as expressões
definitivas, com vistas às organizações do porvir.
Se a gênese do planeta se
processara com a cooperação dos milênios, a gênese das raças humanas requeria a
contribuição do tempo, até que se abandonasse a penosa e longa tarefa da sua
fixação.
ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS
Aquelas almas aflitas e
atormentadas reencarnaram, proporcionalmente, nas regiões mais importantes,
onde se haviam localizado as tribos e famílias primitivas, descendentes dos
"primatas", a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua
reencarnação no mundo terreno, estabeleciam-se fatores definitivos na história
etnológica dos seres.
Um grande acontecimento
se verificara no planeta É que, com essas entidades, nasceram no orbe os
ascendentes das raças brancas.
Em sua maioria,
estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África,
na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de
que várias regiões da América guardam assinalados vestígios.
Não obstante as lições
recebidas da palavra sábia e mansa do Cristo, os homens brancos olvidaram os
seus sagrados compromissos.
Grande percentagem
daqueles Espíritos rebeldes, com muitas exceções, só puderam voltar ao país da
luz e da verdade depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros,
porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm,
contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos
clamorosos.
QUATRO GRANDES POVOS
As raças adâmicas
guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das
reminiscências. As tradições do paraíso perdido passaram de gerações a gerações,
até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.
Aqueles seres decaídos e
degradados, a maneira de suas vidas passadas no mundo distante da Capela, com o
transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois
nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e lingüísticas
que os associavam na constelação do Cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do
Tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de
Israel e as castas da Índia.
Dos árias descende a
maioria dos povos brancos da família indo-européia nessa descendência, porém, é
necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos
eslavos.
As quatro grandes massas
de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações
futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da
raça negra, que já existiam. É de grande interesse o estudo de sua movimentação
no curso da História. Através dessa análise, é possível examinarem-se os defeitos
e virtudes que trouxeram do seu paraíso longínquo, bem como os antagonismos e
idiossincrasias peculiares a cada qual.
AS PROMESSAS DO CRISTO
Tendo ouvido a palavra do
Divino Mestre antes de se estabelecerem no mundo, as raças adâmicas, nos seus
grupos insulados, guardaram a reminiscência das promessas do Cristo, que, por
sua vez, as fortaleceu no seio das massas, enviando-lhes periodicamente os seus
missionários e mensageiros.
Eis por que as epopéias
do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vinda do
Sublime Emissário.
Os enviados do Infinito
falaram, na China milenária, da celeste figura do Salvador, muitos séculos
antes do advento de Jesus. Os iniciados do Egito esperavam-no com as suas
profecias. Na Pérsia, idealizaram a sua trajetória, antevendo-lhe os passos nos
caminhos do porvir; na Índia védica, era conhecida quase toda a história
evangélica, que o sol dos milênios futuros iluminaria na região escabrosa da
Palestina, e o povo de Israel, durante muitos séculos, cantou-lhe as glórias
divinas, na exaltação do amor e da resignação, da piedade e do martírio,
através da palavra de seus profetas mais eminentes.
Uma secreta intuição
iluminava o espírito divinatório das massas populares.
Todos os povos O
esperavam em seu seio acolhedor; todos O queriam, localizando em seus caminhos
a sua expressão sublime e divinizada. Todavia, apesar de surgir um dia no
mundo, como Alegria de todos os tristes e Providência de todos os infortunados,
à sombra do trono de Jessé, o Filho de Deus em todas as circunstâncias seria o
Verbo de Luz e de Amor do Princípio, cuja genealogia se confunde na poeira dos
sóis que rolam no Infinito. (*)
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(*) Entre as considerações acima e as do
capítulo precedente, devemos ponderar o interstício de muitos séculos. Aliás,
no que e refere à historicidade das raças adâmicas. será justo meditarmos
atentamente no problema da fixação dos caracteres raciais. Apresentando o meu
pensamento humilde, procurei demonstrar as largas experiências que os operários
do Invisível levaram a efeito, sobre os complexos celulares, chegando a dizer
da impossibilidade de qualquer cogitação mendelista nessa época da evolução
planetária. Aos prepostos de Jesus foi necessária grande soma de tempo, no
sentido de fixar o tipo humano
Assim, pois, referindo-nos ao degredo dos emigrantes da Capela, devemos
esclarecer que, nessa ocasião, já o primata hominis se encontrava arregimentado
em tribos numerosas. Depois de grandes experiências, foi que as migrações do
Pamir se espalharam pelo orbe, obedecendo a sagrados roteiros, delineados nas
Alturas.Quanto ao fato de se verificar a reencarnação de Espíritos tão
avançados em conhecimentos, em corpos de raças primigênias, não deve causar
repugnância ao entendimento. Lembremo-nos de que um metal puro, como o ouro,
por exemplo, não se modifica pela circunstância de se apresentar em vaso
imundo, ou disforme. Toda oportunidade de realização do bem é sagrada. Quanto
ao mais, que fazer com o trabalhador desatento que estraçalha no mal todos os
instrumentos perfeitos que lhe sãoconfiados? Seu direito, aos aparelhos mais
preciosos, sofrerá solução de continuidade. A educação generosa e justa
ordenará a localização de seus esforços em maquinaria imperfeita, até que saiba
valorizar as preciosidades em mão. A todo tempo, a máquina deve estar de acordo
com as disposições do operário, para que o dever cumprido seja caminho aberto a
direitos novos.
Entre as raças negra e
amarela, bem como entre os grandes agrupamentos primitivos da Lemúria, da
Atlântida e de outras regiões que ficaram imprecisas no acervo de conhecimentos
dos povos, os exilados da Capela trabalharam proficuamente, adquirindo a
provisão de amor para suas consciências ressequidas. Como vemos, não houve
retrocesso, mas providência justa de administração, segundo os méritos de cada
qual, no terreno do trabalho e do sofrimento para a redenção. - (Nota de
Emmanuel.
Fonte
http://www.ceallankardec.org.br/exilados.htm