Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na terra, o nome de Cabra ou Capela. Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingiria a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos. As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmo, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores. Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com sua palavra sabia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da armagura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas. As raças Adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminiscências. Aqueles seres decaídos e degredados, à maneira de suas vidas passadas no mundo distante da capela, com o transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo às afinidades sentimentais e linguísticas que os associavam na constelação do cocheiro. Unidos, novamente, na esteira do tempo, formaram desse modo o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia. Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-européia; nessa descendência, porem, é necessário incluir os latinos, os celtas e os gregos, além dos germanos e dos eslavos. As quatro grandes massas de degredados formaram os pródromos de toda a organização das civilizações futuras, introduzindo os mais largos benefícios no seio da raça amarela e da raça negra, que já existiam.
Texto retirado do livro “A Caminho da Luz”.
Miguel Rebelo – C.E.C.R
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